Sato Company Celebra os 40 Anos de Akira no Unlock da CCXP 24

Nelson Sato, CEO da Sato Company, relembrou com carinho as quatro décadas de sucesso do mangá (lançado em 14 de setembro de 1984)  e que se tornou o anime AKIRA, relembrando a história do lançamento no Brasil no Unlock da CCXP 24. “Quando conheci AKIRA, uma super produção do Japão, me encantei com o que vi e resolvi comprar os direitos para cinema. Meu 1º filme para este mercado.  Feliz, ao retornar ao Brasil, iniciei o “pitching” deste projeto, conversando com todos exibidores de cinema na época e recebi somente NÃO....”, e relembrou sobre a estratégia de lançamento do anime que fez um público de 250 mil espectadores na época.

Sato lembrou que o projeto do anime AKIRA começou no Japão, em 1988, e era o mais caro feito no país na época, baseado no manga de enorme sucesso. Foi criado o AKIRA COMMITTEE, comitê de produção envolvendo as empresas KODANSHA, TOHO, BANDAI, SUMITOMO, HAKUHODO, MBS, TMS, que se uniram para a produção. “Eu assisti à prévia, e vi uma coisa encantadora. Tive o desejo de trazer ao Brasil, porque achei que as pessoas também iam se encantar. Mas foi um balde de água fria....todos exibidores que apresentei, todos me diziam que isso não tinha espaço, que eu não entendia nada de cinema. Como já tinha comprado e aprendido a não desistir, resolvi tentar trabalhar para fazer o NÃO virar SIM....confiando no produto que tinha e que acreditava....tive a sorte de achar as pessoas certas para poderem auxiliar.”

E a pessoa certa veio na figura de Luiz Gonzaga Assis de Luca, ex-presidente da rede Cinépolis no Brasil e que trabalhava na época com Maurício de Sousa Produções, ex -diretor da Embrafilme e que tinha familiaridade com quadrinhos. Nesta parceria, Sato e Luiz Gonzaga apostaram numa estratégia particular para lançar o filme: um roadshow, que consiste em colocar o longa em poucas salas de cinema, e apostar no boca-a-boca do público. “Ou seja, esse tipo de lançamento permitia que o filme ficasse longo tempo em cartaz, e, só depois de ser bastante conhecido e bastante apreciado, é que você colocava em muitos cinemas”, explica.

Sato também destacou que, tanto no passado, como hoje, é fundamental a parceria entre os distribuidores independentes e os exibidores, apontando que o modelo de roadshow, como usado em AKIRA, é uma possibilidade para o crescimento das bilheterias.

“É uma coisa achar que o filme chega no cinema e vai fazer sucesso, não faz. Não faz, porque um filme americano é preparado durante 3 ou 4 anos. Você lançar um filme e achar que ele vai ocorrer em uma semana, não pode. Vamos buscar um padrão que existia nas décadas de 50 e 60, que era lançar em uma única sala. Por exemplo, A Noviça Rebelde, ficou um ano e meio em cartaz, no cinema Palácio, no Rio de Janeiro. Só lá , são milhões de espectadores em uma sala. Vamos trabalhar assim, vamos fazer o público descobrir o filme e vamos deixar o boca a boca. Não existe nada melhor do que as pessoas falando para as outras que eu viram o filme, e que é muito legal” reafirmou Gonzaga.

Ele ressaltou também a transformação trazida pela internet nas empresas distribuidoras e exibidoras. “A gente ficava sabendo o que acontecia em algum mercado europeu comprando a revista na banca de jornal que importava e chegava  um mês depois de lançado no Europa, enfim, era uma forma muito diferente de poder fazer a divulgação de qualquer outro.”

Sato também deu um spoiler do que está para vir em 2025: o GHIBLI FEST, um evento que exibirá em salas de cinema de diversas cidades do país 22 produções do famoso estúdio japonês. Clássicos como Meu Amigo Totoro, A Viagem de Chihiro e sucessos recentes, como O Menino E A Garça, já estão confirmados para o evento. “A experiência de assistir numa tela grande dentro do cinema é outra. Por mais que tenha no streaming, a magia do cinema é única”.

Além desse festival, para 2025, a Sato Company lançará o novo filme da franquia japonesa DETETIVE CONAN: the Million Dolar pentagram, maior bilheteria do Japão deste ano, faturando mais de US$ 100 milhões. E outras surpresas que serão anunciadas em breve!  


Sobre Nelson Sato

Nelson Sato é CEO da distribuidora audiovisual Sato Company, com atuação no licenciamento de produtos, shows, cinema, televisão, além de produzir conteúdos como reality shows. A Sato é pioneira e referência em trazer ao Brasil animes, live actions e produções asiáticas como National Kid, Ultraman, Jiraya, Godzilla Minus One, O Menino e a Garça, entre outros. Foi a 1ª empresa a agregar conteúdo na Netflix, selecionando filmes, séries e documentários de produtoras independentes.


Sobre a Sato Company

Fundada em 1985, a Sato Company é pioneira na distribuição e referência em Animes e Tokusatsu, tendo em seu portfólio conteúdos asiáticos de sucesso de público e crítica como Akira, Ghost in the Shell, National Kid, Ultraman, Jaspion, Jiraiya, dentre muitos outros. Sua constante inovação hoje se traduz na produção e distribuição para cinema, televisão, OTT (SVOD/TVOD/AVOD). Atua também como agregadora de conteúdo e no licenciamento de produtos. Em 2024 foi responsável por trazer ao Brasil os filmes vencedores do Oscar ‘Godzilla Minus One’ e ‘O Menino e a Garça’.

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