Dirigido por Delvair Montagner e Marcelo Díaz, filme acompanha o reencontro entre duas antropólogas, uma delas indígena, em busca de uma Amazônia que não existe mais.
Cena de "O Vento vai Reagir" - crédito: Diazul de Cinema
Varῖ Mëma, mulher indígena e antropóloga, vive um conflito. Deixou de ser vista como uma Marubo pelos parentes. No mundo acadêmico ela se vê como "alguém de fora". Qual será seu lugar? Delvair, antropóloga que acompanhou seu nascimento na década de 1970, busca reconectar-se com ela e com as memórias de uma Amazônia que não existe mais.
Esta é a premissa do longa
documental "O Vento vai Reagir", de Delvair Montagner e
Marcelo Díaz, que participa de 9 a 12 de dezembro
de 2025 do 10° Conecta,
Encuentro Internacional de Industria Documental Conecta, no Chile. O evento é
voltado a realizadores latinoamericanos com projetos documentais inéditos. O
filme participa dentro do Conecta Con La Distribución, voltado a encontros com
festivais internacionais, agentes de venda e distribuidores internacionais.
A obra narra o reencontro de duas
antropólogas de identidades distintas, Delvair e Varῖ, unidas
pela cultura indígena Marubo. Além de protagonizarem o filme, Delvair atua como
diretora e roteirista (funções divididas com Marcelo Díaz), enquanto Varῖ também
colabora com o roteiro. Juntas viajam à aldeia de Varῖ, a dois
dias de barco de Atalaia do Norte (AM), e encontram uma Amazônia degradada,
especialmente em termos culturais.
O choque é profundo: o ambiente
está esvaziado e desconectado das tradições. O filme alterna entre naturalismo
e melancolia, cruzando passado e presente sem entrevistas, apenas por meio de
memórias e encontros entre os mundos indígena e não indígena. As memórias das
duas antropólogas são matéria-prima para uma narrativa que oscila entre passado
e presente de ambas, de forma não linear.
Varῖ Mëma
(45), doutora em Antropologia pela UFRJ, foi incumbida pelas mulheres de seu
povo de pesquisar e preservar sua cultura. Criada entre indígenas e não
indígenas, busca entender sua própria identidade. Já Delvair Montagner (81)
atua na região desde os anos 1970. É reconhecida por registrar os Marubo em
seus documentários e fotografias e por identificar a Terra Indígena Vale do
Javari, que levou à sua demarcação.
O longa-metragem tem produção da
Diazul de Cinema e produção executiva de Marcelo Díaz. No ano passado, o
filme foi contemplado com cinco prêmios no SAPCINE
(Colômbia), que garantem serviços de pós-produção voltados ao mercado
internacional, consultoria de impacto e a assessoria de mídia do Latam Cinema.
"O Vento vai Reagir"
tem o patrocínio do FAC (Fundo de Apoio à Cultura do DF, Secretaria de Cultura
e Economia Criativa do Distrito Federal - SECEC)
Instagram: @oventovaireagir
Site oficial: oventovaireagir.com.br
Ficha Técnica
Título: O Vento Vai Reagir (The Wind Will Blow / El Viento Vendrá
/ Le vent se lèvera)
Produtora: Diazul de Cinema
Ano: 2026
Duração: 98 min
Idiomas: Português e Marubo
Legendas: Inglês, Espanhol, Francês
Créditos
Produção: Diazul de Cinema
Com: Varῖ Mëma e Delvair Montagner
Direção: Delvair Montagner e Marcelo Díaz
Produção Executiva: Marcelo Díaz
Roteiro: Delvair Montagner e Marcelo Díaz
Colaboradora de Roteiro: Varῖ Mëma
Coord. de Produção: Thay Limeira
Dir. de Fotografia: André Carvalheira
Técnico de Som: Fábio Carneiro Leão, Hudson
Vasconcelos
Edição: Sérgio Azevedo
Produção de Impacto: Diazul de Cinema
Desenho de Som e Trilha Sonora: O Grivo
Criação Gráfica: Estúdio Girundi
Motion Graphics: Renata Rico
Animação (abertura): Bruno Rojas
Sobre Diazul de Cinema | Produtora
Produtora brasiliense fundada em
2005, reconhecida por obras que mesclam forte identidade artística e impacto
social. Criamos conteúdos para cinema, TV e streaming a partir de um olhar
multicultural do coração do Brasil.
Ao final de 2020 lançamos nos
cinemas o longa "Maria Luiza", com a 1a trans das Forças Armadas
brasileiras, tendo estado 4 semanas em cartaz e em mais de 15 plataformas
nacionais e internacionais e canais de TV. O filme estreou no É TUDO VERDADE e
percorreu diversos festivais na França, Holanda, México, Argentina, EUA, Suíça,
Colômbia, Peru, Áustria, Sérvia, Brasil, foi premiado como Melhor Documentário
Internacional no Humano Human Rights Film Festival/México, Menção Honrosa no LIFFY (Yale/EUA) e Melhor Documentário no Merlinka Queer FF
(Sérvia). A obra foi também reconhecida como caso de estudo de impacto através
do cinema.
Realizamos os os
documentários Terra de Luz (2016); Restrutural (2014);
Galeno, Curumim Arteiro (2009, DOCTV); Oficina Perdiz (2006, Melhor Curta
do DF no Fest de Brasília, Prêmio Público no Fest de Curtas de SP; mais de 30
festivais como Havana, Milão, Sydney Latin American, Brazilian FF Miami,
Brazilian FF Toronto e Gramado), De Esperança e Espera (2003)
Em ficção produzimos o curta
Extrusos (2004), co-produzimos o curta Desdobráveis (2013) (Melhor Roteiro no CineMube/SP, exibido em festivais na Argentina, Colômbia,
Chile, México, Brasil, EUA, Espanha) e o filme-espetáculo Aquilo que Não Podem
Demolir Enquanto Eu Puder Falar (2020) com a Cia. Teatro do Concreto (Festival
Cena Contemporânea 2020).
Nenhum comentário:
Postar um comentário