Crítica Filme "A Teia" por Rita Vaz

Estreia nesta quinta-feira o filme “A Teia” dirigido pelo cineasta Adam Cooper que tem em sua filmografia, longas como “Assassin’s Creed” e “The French Detective”.

A história é baseada na obra “O Livro dos Espelhos”, do autor romeno E.O. Chirovici.

No novo longa conhecemos Roy Freeman (Russel Crowe) um ex-detetive de homicídios, que sofre de Alzheimer, e que está em um tratamento inédito e revolucionário para recuperar sua memória.

A história se complica quando um prisioneiro no corredor da morte, culpado pelo brutal assassinato de um professor universitário, previamente detido por Freeman, insiste em sua inocência.

Mesmo sem muitas memórias daquela época, ele fica intrigado com esse desdobramento inesperado, o que o leva a reabrir o caso, contando com a colaboração de um antigo parceiro do departamento policial (Tommy Flanagan).

Ao se aprofundarem na investigação novamente, eles se veem envolvidos em uma teia de segredos e descobertas chocantes.

É muito interessante ver como o diretor colocou em cena os mecanismos de auto ajuda que o personagem faz para tentar “enganar” seu cérebro e retardar a perda da memória. São dezenas e dezenas de post-its, colados em todos os lugares e objetos de sua casa; são avisos colocados em locais que não imaginamos, e lembretes com informações básicas sobre si mesmo.

Com uma excelente fotografia, ele também consegue inserir o espectador na luta do personagem para recuperar a memória, e atravessar essa jornada de uma possível melhora.

Russel Crowe está ótimo no papel, ele insere um peso e uma calma, tudo ao mesmo tempo no personagem, que é muito bom de ver.

O filme tem um título (em português) perfeito, “A Teia” representa muito do que acontece na trama. São metáforas ligadas à doença, imaginando os neurônios “se reativando”, também ligadas às descobertas na nova investigação, e muito mais.

“A Teia” é um thriller de suspense muito bom, que prende a atenção do começo ao fim, que consegue fazer com que mudemos de opinião ao longo da reprodução, e nos surpreende com um final inesperado.

Se você é fã desse tipo de história, cheia de tramas e suspense, ou é fã de Russell Crowe, não deve perder esse filme, por nada. Super recomendo.

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