Critica Filme "Névoa Prateada" por Rita Vaz

 

Estreia nesta quinta-feira o filme “Névoa Prateada” dirigido pela cineasta Sacha Polack (“Zurich”, “Dirty God”).

Vencedor do Prêmio do Júri do Teddy Award do Festival de Berlim para a atriz Vicky Knight e indicado a melhor filme no Panorama Audience Award, o filme também foi destaque na programação da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Na história conhecemos Franky (Vicky Knight), uma enfermeira de 23 anos que vive com a família em um bairro no leste de Londres.

Obcecada por vingança e com a necessidade de encontrar culpados por um acidente traumático ocorrido há 15 anos, ela é incapaz de se envolver em um relacionamento com alguma profundidade, até que se apaixona por Florence (Esmé Creed-Miles), uma de suas pacientes.

As duas fogem para o litoral onde Florence mora com a família. Lá, Franky encontrará o refúgio emocional para lidar com as questões do passado e as mazelas do presente.

A diretora Sacha Polack consegue entregar uma história tão humana e feminina, que emociona qualquer espectador.

As performances de todo o elenco é bastante orgânica e viril, levando para a tela, situações de extremos violentos, tanto físicos, quanto emocionais.

O destaque é a atriz Vicky Knight que está em quase todas as cenas, e que leva a sua personagem por uma jornada de autoconhecimento, através da desconstrução e construção de conceitos que traz na sua vida.

“Névoa Prateada” é um filme forte, tenso, que fala muito da periferia, dos que são párias do sistema, mas, que estão vivos, e aprendem e tem esperança.

Se você gosta de histórias que retratam realidades, esse filme é imperdível. Recomendo muito.

 

 

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