Estreia nesta quinta-feira o filme nacional “Tempos de Barbárie Ato I: Terapia da Vingança”, sob direção de Marcos Bernstein (“O Amor dá Voltas”, “Meu Pé de Laranja Lima”).
Anunciado como o primeiro de uma trilogia que acompanha os
estágios de violência em nossa sociedade, o longa acompanha a história de uma
mãe, a advogada Carla (Cláudia Abreu), que vê a filha pequena, ser baleada
durante uma tentativa de assalto no Rio de Janeiro.
Ela corre para o hospital e a menina fica em estado grave.
Carla tenta seguir a vida, ela procura um grupo de apoio para traumas violentos,
mas, não consegue se acalmar.
E sem conseguir aceitar o destino da filha e a falta de
soluções por parte da polícia, Carla decide investigar o crime por conta
própria.
A princípio ela quer justiça, mas, a realidade das ruas
transforma o seu querer em vingança, e ela decide fazer a sua justiça, com as
próprias mãos.
“Tempos de Barbárie Ato I: Terapia da Vingança” é um filme
forte, pesado de ser ver, para estômagos fortes, mas, que retrata o sentimento
de muitas famílias que perdem os seus, à toa, como se fosse uma simples falha
de outras pessoas, ou do sistema (como alguns dizem), mas, acontece que não é.
O ato, o acontecimento é extremamente cruel, é, como diz o
título, uma barbárie.
O diretor Marcos Bernstein consegue imprimir uma aura de
tristeza e inconformismo no filme, de uma forma absurda. Uma pessoa é atingida
pela bala, mas, muitas sofrem com o ferimento.
Ele produz cenas fortes, violentas, mas, necessárias para
contar essa história.
A atriz Cláudia Abreu mergulha no personagem de uma forma
ímpar, e constrói uma bagagem pesada para ela, conseguindo conectar a plateia
com facilidade. É impossível não se conectar com essa mãe. Ela dá ao seu
personagem uma força de testar os seus próprios limites.
O elenco é grande, e muito competente, e com certeza veremos
mais deles nos próximos filmes. No protagonismo encontramos também Alexandre
Borges, Júlia Lemmertz e Cesar Mello.
O longa fala de assuntos que estão em manchete em todos os
jornais do Brasil hoje, e em todas as mídias, ele fala de tráfico de armas, de
crime organizado, de corrupção policial, de violência que gera violência. Ele
fala que para a arma chegar na mão do bandido pequeno ali na rua, passou pela
mão de muita gente grande antes.
“Tempos de Barbárie Ato I: Terapia da Vingança” é um filme
que mostra uma triste realidade, mas, é importante, exatamente por falar dela.
Se você gosta de filmes do gênero, vá ao cinema assisti-lo, pois, além de ver
uma ótima história, vai apoiar o cinema nacional.
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