Estreia nesta quinta-feira o ótimo filme “Meu Vizinho Adolf” que tem como diretor Leon Prudovsky (À 5 Heures de Paris”).
A história do longa acontece na década de 1960 no Chile. Marek
Polsky (David Hayman), um solitário, mal-humorado e apreciador da solidão, sobrevivente
do Holocausto que vive uma vida tranquila no interior.
Sua rotina é abalada quando um novo vizinho se instala na
casa ao lado, e depois de um breve encontro, ao acaso, ele se convence de que esse
novo vizinho, o senhor Herzog (Udo Kier) não é outro senão Adolf Hitler, o qual
teria se suicidado anos antes.
Com um desejo de vingar tudo e todos que já perdeu, ele vai
até a embaixada da cidade mais próxima e avisa sobre a sua suspeita,
denunciando o suposto Adolf.
Acontece que ele não é lavado a sério, e percebendo isso,
adquiri equipamentos especiais e inicia uma investigação por conta própria para
provar sua afirmação.
Passado algum tempo, ele percebe que à distância, as
evidências que consegue, são inconclusivas. Polsky então, se vê forçado a se
envolver em um relacionamento com o inimigo para obter provas irrefutáveis, ele
não sabe, mas, essa aproximação pode se transformar em amizade.
Na trama muito bem construída pelo diretor Leon Prudovsky
podemos ter várias leituras da perspectiva de Polsky, a do sobrevivente do
Holocausto, a do homem que perdeu a família, a do homem solitário, e também a
do homem que apesar de tudo tem fé e esperança na vida e no outro.
“Meu Vizinho Adolf” é um filme de atores, mais
especificamente dessa dupla que tem uma química impressionante na história,
apesar do seu mote, onde um deveria odiar o outro.
Além desse mote, em muitos momentos você vai rir na
história, dada a atuação desses dois super atores, que conseguem construir uma
amizade que vai além de cercas, muros e crenças.
“Meu Vizinho Adolf” é um longa emocionante, ele fala de
solidão, de amizade, de traumas, de resiliência, de paciência, de histórias e de
consequências. Fala também de relações aparentemente improváveis, de pessoas
completamente diferentes, mas, ao mesmo tempo com muito em comum.
Recomendo que você assista a esse filme, no mínimo emocionante.
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