Estreia nesta quinta-feira o aguardado live-action de “A Pequena Sereia”, com direção de Rob Marshall (“O Retorno de Mary Poppins”, “Caminhos da Floresta).
“A Pequena Sereia” é um remake em live-action do desenho
animado de mesmo nome, de 1989 da Disney, que fez um enorme sucesso, nos quatro
cantos do planeta.
Você acha que Hans Christian Andersen em 1837, quando
escreveu seu livro, imaginou a repercussão que sua história teria no mundo? Eu
acredito que jamais, ainda mais com essa versão, mas, vamos lá.
Na história conhecemos Ariel (Halle Bailey), a filha caçula
do Rei Tritão (Javier Barden), uma bela, espirituosa e curiosa sereia, que
gosta de aventuras e é apaixonada pelo mundo além-mar.
Ela guarda como um tesouro, objetos que encontra no mar,
vindos de naufrágios ou simplesmente perdidos pelos humanos, e visita a superfície
com frequência, apesar dos severos avisos de seu pai, de que a superfície é um
lugar perigoso.
Apesar de todos esses avisos, ela acaba salvando o príncipe
Eric (Jonah Hauer-King) de um naufrágio e se apaixona intensamente.
Para conseguir procurá-lo em terra firme, Ariel pede ajuda à
bruxa do mar, Úrsula (Melissa McCarthy), e a partir de um trato, aceita ceder
sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas.
Sem sua voz, ela terá um sério desafio pela frente ao
encontrar o príncipe e colocar a coroa do pai em risco. Uma verdadeira jornada
de autoconhecimento se iniciará na vida da pequena sereia.
O diretor Rob Marshall entrega um filme bastante humano,
apesar das vidas marinhas em abundância na história. Consegue fazer um longa
que encanta crianças e adultos, que terão suas devidas leituras a partir de
suas vivências. E eu garanto que são muitas camadas a serem lidas.
Ele conta também com efeitos especiais, que na maior parte
do tempo, são um colírio para os olhos. Várias cenas chamam a atenção pelo colorido
e pela leveza dos atores, principalmente as do fundo do mar, como por exemplo, os
cabelos longuíssimos das sereias flutuando naturalmente na água, e as cenas em
que Úrsula aparece no fundo mar, que também são de tirar o fôlego, de tão bem-feitas
e de tão semelhantes à animação.
Os amigos inseparáveis de Ariel estão em cena como vieram ao
mundo, o caranguejo Sebastião, que continua com suas músicas animadíssimas, a
gaivota Sabidão e o peixe Linguado, que são muito importantes para o andamento
da trama.
Com duas horas de duração, o novo live-action da Disney
encanta por motivos que vão além do “dar vida” a uma animação que se tornou um
clássico.
Quando Ariel cede a sua voz para poder emergir no mundo dos
humanos, a frase “perder a voz para ser ouvida” ganha um novo peso.
A frase ou o contexto dela, nos leva para pensamentos
maiores, os de que não devemos nos calar diante de determinadas situações, independentemente
se elas forem entre pai e filha, esposa e esposo, irmão com irmão. “Perder a
voz” nos mostra exatamente o contrário, de que não devemos nos calar.
Essa primeira história dentro da história, está clara para
muitos, e também nos leva a outra questão, ou a uma segunda história dentro da
história, que é a do esforço de um pai, conseguir deixar que sua filha vá. Sim,
Tritão, como qualquer pai ou mãe quer proteger ao máximo seus filhos, e os
deixarem ir, se torna um grande aprendizado de desapego.
O elenco está ótimo em cena, com muita representatividade
também, são atores e atrizes de várias nacionalidades, e principalmente a atriz
Halle Bailey (Ariel) que é negra, e tem em suas mãos ou pele, o peso ou a leveza
de representar milhares de milhares de meninas e mulheres na telona, de uma forma
absolutamente ideal para o momento.
“A Pequena Sereia” é um filme cativante, colorido,
divertido, que toca em diversos assuntos importantes para pais, mães, filhos e
filhas, e tem uma representatividade absurda, que com certeza já marcou a
história do cinema.
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