Crítica Filme "Papai é Pop" por Rita Vaz

Estreia nesta quinta-feira o excelente filme “Papai é Pop”, sob a direção de Caíto Ortiz, (“O Roubo da Taça”, “Estação Liberdade”), justamente na semana em que comemoramos o dia dos pais.

E isso é ótimo, porque tanto o cinema quanto a televisão, estão prestando, cada vez mais atenção, a esse ser tão especial e importante na formação de uma pessoa.

Quando falamos que quando nasce uma criança, nasce uma mãe, muitas vezes esquecemos de falar que também nasce um pai.

Sim, nasce um pai que também não recebe nem um manual, prá saber o que fazer com aquele serzinho que agora se encontra em seu colo, e com a mãe dele, que também acabou de nascer.

É disso que trata o filme “Papai é Pop”, de nascimentos, de descobrimentos, de aprendizados.

Livremente inspirado no best-seller “O Papai é Pop”, escrito por Marcos Piangers (que também atua no longa), o filme nos conta a história de Tom (Lázaro Ramos) um programador de sistemas, que vê sua vida mudar ao se tornar pai.

Tom é imaturo e não acha justo ter que parar de fazer tudo o que fazia antes de sua filha nascer, mas, não vê nem um problema em sua esposa Elisa (Paolla Oliveira) deixar o que é dela, de lado, fazer tudo sozinha, e ficar prá lá de exausta.

O que acontece é que ele não entende que a prioridade agora não é ele, e sim o bebê, a família, o tempo que eles vão se conhecer, desde o primeiro dia e para sempre.

Mas, é ao lado da esposa, com a ajuda e com os ensinamentos (muitas vezes óbvios) de sua mãe, e com a solução de problemas pessoais, que ele aprende na prática como cuidar da filha.

E isso tudo acontece em meio a situações divertidas, conturbadas e emocionantes do cotidiano, mas, que resulta em uma transformação interior que é muito boa de ver na telona.

“Papai é Pop” é um filme extremamente acolhedor e amoroso, que mostra a realidade de muitas famílias de uma forma leve de se ver.

Caíto Ortiz dirige o filme com sensibilidade, pois, mesmo em se tratando de assuntos que tocam mais profundamente algumas pessoas, como o abandono, ele consegue criar, com diálogos leves e civilizados, uma atmosfera de compreensão, o que pode ajudar muita gente, creia.

O elenco está ótimo no filme, entregando uma família que parece real, tão alto é o grau de entrosamento deles.

Marcos Piangers é uma pessoa essencial para essa nova visão de paternidade, para a forma como a sociedade enxerga um pai presente. Os homens estão mostrando, cada vez mais o seu lado sensível, e isso é tão importante para a sociedade, quanto o empoderamento feminino. São os dois lados da mesma moeda se equilibrando, e isso é de uma preciosidade sem tamanho.

“Papai é Pop” é uma dramédia para toda a família. Certeza de que muitos vão se reconhecer na história, e dar risada, porque passaram por aquela mesma situação. Super recomendo.

 

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