Kiro Russo é o nome da Mostra Foco do 11º Olhar de Cinema


O 11° Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba, que acontece de 1º a 9 de junho em formato híbrido, anunciou hoje o homenageado pela mostra Foco, parte do festival que destaca cineastas que merecem ser descobertos pelo público brasileiro. O nome deste ano é o do diretor boliviano Kiro Russo.

 

Um dos expoentes do cinema contemporâneo boliviano, Russo nasceu em La Paz, em 1984 e produziu e dirigiu até aqui dois longas e quatro curtas-metragens, exibidos em diversos festivais internacionais. Neste conjunto de filmes enxuto, mas já bastante consistente, Russo tem apresentado um estilo atento à observação dos movimentos urbanos e rurais na Bolívia, mesclando a cosmologia indígena ao acelerado ritmo da urbanização no país. 

 

Seu trabalho caminha nas fronteiras entre o documentário e a ficção com impressionante precisão, domínio e rigor formal, marcado por parcerias criativas com as comunidades e os sujeitos registrados. É a essa trajetória que o Olhar de Cinema dedica os três programas da Mostra Foco deste ano, destacando os curtas-metragens "Enterprisse" (2011), "Juku" (2012), "A besta" (2015) e "Nova vida" (2015), dirigidos por Russo, junto a "Despedida" (2015), realizado por Pablo Paniagua, diretor de fotografia de todos os filmes do diretor. Completam a programação os dois longas do diretor: o aclamado "Velho Caveira" (2016) e "O Grande Movimento" (2021), que ganhou o Prêmio Especial do Júri de Veneza (2021), que terá sua estreia no Brasil neste 11ª Olhar de Cinema.

 

Abertura e encerramento

 

Mais uma vez, as sessões de abertura e encerramento privilegiam obras contemporâneas nacionais. O filme de abertura é "Vai e Vem", dirigido por Chica Barbosa e Fernanda Pessoa, no qual duas amigas, uma no Brasil e outra nos Estados Unidos, trocam cartas fílmicas durante o primeiro ano de pandemia. Já "Todo Mundo Já Foi Pra Marte", do diretor Telmo Carvalho, é o longa que encerra a 11ª edição do Olhar de Cinema, propondo não só uma viagem, em formato de animação, por sensações e experiências pessoais com a pandemia, mas imaginando e sonhando outras possibilidades de mundo em um fluxo de cores, formas e desejos.

 

Ficha técnica

 

FOCO - KIRO RUSSO

 

Longas

 

O GRANDE MOVIMENTO (El gran movimiento, Bolívia/França, 2021), de Kiro Russo, 85’

Bolivia, dias de hoje.

Depois de caminhar por uma semana, Elder e seus companheiros mineiros chegam a La Paz para exigir a reintegração de seus empregos. De repente, Elder começa a se sentir mal...

 

VELHO CAVEIRA (Viejo calavera, Bolívia, 2016), de Kiro Russo, 79’

Um dia, o pai de Elder morre. Ele passa a morar com a avó em uma cidade mineira e consegue um emprego graças ao padrinho. Não demora muito até Elder estragar tudo, o que o leva a descobrir um segredo sobre seu pai.

 

Curtas

 

ENTERPRISSE (Argentina, 2010), de Kiro Russo, 8’

 

JUKU (Bolívia/Argentina, 2011), de Kiro Russo, 18’

A massa escura entre a tela e a sala pode bater novamente como a primeira escuridão. No fundo, um homem se move. Ele tem uma lâmpada. Sua luz e sua sombra formam as rochas que acabarão tomando a tela. Cerca de 10.000 pessoas entram diariamente em Posokoni, a maior mina de estanho da Bolívia.

 

A BESTA (La bestia, Argentina, 2015), de Kiro Russo, 12’

1538. No Império Inca, chegou um estranho visitante. O mensageiro Sisco dará a notícia.

 

NOVA VIDA (Nueva vida, Bolívia/Argentina, 2015), de Kiro Russo, 15’

Mistérios, angústias e sonhos de uma nova vida

 

DESPEDIDA (Bolívia, 2015), de Pablo Paniagua, 6’

 

 

FILME DE ABERTURA

 

VAI E VEM (Brasil, 2022), de Chica Barbosa, Fernanda Pessoa, 82’

Como contraponto ao mundo virtual e (des)conectado, duas amigas criam uma provocação fílmica. Momentos, lugares e as mulheres ao redor são um estímulo para ver a realidade com novas interpretações. Um vai e vem que se torna uma dança de resistência.

 

FILME DE ENCERRAMENTO

 

TODO MUNDO JÁ FOI PRA MARTE (Brasil, 2022), de Telmo Carvalho, 75’

"Todo Mundo Já Foi Pra Marte!" é um documentário em animação experimental sobre a vida dos animadores do Ceará durante a pandemia. Os artistas, dentro dos seus estilos de animação, contam como o isolamento os afetou.


SERVIÇO

11º Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba

1º a 9 de junho

Locais: Cine Passeio, Cinemark Mueller, Teatro da Vila, Cinemateca de Curitiba, Museu Oscar Niemeyer

Ingressos: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia)

 


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