Estreia nesta quinta-feira o filme “Bolero, A Melodia Eterna” dirigido pela cineasta Anne Fontaine, que tem em seu currículo filmes como “Ronda Noturna”, “Agnus Dei” e outros mais.
O longa é uma biografia do compositor Maurice Ravel (Raphaël
Personnaz), focada no processo criativo que o levou a criar um dos maiores
clássicos da música do último século.
Em 1928, a coreógrafa russa Ida Rubinstein (Jeanne Balibar)
encomenda uma trilha especial para embalar a nova apresentação de balé do seu
grupo de dança.
Enfrentando um grande bloqueio criativo, o compositor
revisita seu passado para encontrar a inspiração necessária, lembrando dos
desafios do início de sua carreira, das marcas e traumas da Grande Guerra e até
os amores impossíveis que gostaria de ter vivido.
Acompanhando os seis anos entre o pedido de Ida e a primeira
performance pública de Bolero, a trama mostra a dualidade da obra, e
principalmente, mostra a relação do compositor com ela.
Em meio aos anos loucos e vibrantes da Paris dos anos 1920,
o longa traz um retrato da mente de um artista em funcionamento.
A diretora Anne Fontaine fez um filme muito inspirador, que
coloca o espectador dentro da trama, no ritmo do que parece ter sido a vida de
Maurice Ravel.
O elenco está muito bem entrosado, com excelentes atuações.
O ator Raphaël Personnaz é o destaque do filme, com seu ótimo Ravel, sendo contido, enigmático e emocional, na medida certa.
O filme mostra todo o processo criativo, e a falta dele no
compositor, apresentando seus momentos de aflição, muito bem retratados em
cena.
“Bolero, A Melodia Eterna” é um excelente filme, feito para
os amantes dessa obra-prima, para os fãs do compositor, e para os fãs do cinema
bem feito e de bom gosto. Recomendo muito.
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