Estreia nesta quinta-feira o filme “Branca de Neve” dirigido pelo cineasta Marc Webb, que também dirigiu “O Espetacular Homem-Aranha”, “500 Dias com Ela” e muitos outros.
Na mais nova adaptação live-action da Disney, temos o prazer
de encontrar Branca de Neve, A Rainha Má, os Sete Anões e outros personagens
clássicos.
Apesar de várias polêmicas escritas pela mídia, fui assistir
ao filme sem nem um preconceito, e o resultado não poderia ser melhor, eu simplesmente
amei o que vi.
O novo longa é uma releitura moderna da clássica história
dos Irmãos Grimm, que subverte o conto de fadas, onde encontramos uma Branca de
Neve tradicional sim, mas, também uma Branca de Neve pragmática.
A história clássica está lá, com uma família feliz, onde uma
mãe morre, onde um rei é iludido por uma bela e má pessoa, que lhe rouba o
reino e coloca a enteada em cárcere privado.
A Rainha Má incapaz de aceitar que exista alguém mais bela
do que ela, manda simplesmente matar essa pessoa, que no caso é Branca de Neve.
O caçador incumbido desse feito, não consegue fazê-lo e manda a menina fugir por
uma floresta.
Em meio à desesperada fuga, a menina encontra uma casa onde
se sente protegida. Lá ela descobre sete anões que a ajudam. O restante da
história, todo mundo conhece.
O que o diretor Marc Webb fez, foi colocar Branca de Neve na
ativa, com um grupo de pessoas que se revoltam contra o reinado absurdamente
totalitário da Rainha.
Inclusive, ele subverte o famoso príncipe da história, e o
faz líder desse grupo que quer lutar contra a Rainha. Esse grupo é formado por
artistas, que foram os primeiros a terem seus direitos revogados pelo novo governo,
“qualquer semelhança com a atualidade, não é mera coincidência”.
Então se você vai assistir a esse filme, sabendo desse plus
que foi dado à história, acredito que justamente para “ganhar” as novas
gerações, vai sair do cinema, tão feliz quanto eu.
E por que eu digo isso? Porque a história clássica está lá.
O que vemos na telona são verdadeiros retratos dos livros e da primeira versão
da animação da Disney, aquela de 1937, “Branca de Neve e os Sete Anões”. Os
cenários, os personagens, suas posições em cena, tudo está lá.
A atriz Rachel Zegler que interpreta Branca de Neve, está ótima
em cena, encarnando a princesa com seus trejeitos delicados e suas ótimas atuações
musicais. Além disso, a atriz tem um rosto peculiar, que nos leva a pensar na
personagem, realmente.
A atriz Gal Gadot como a Rainha Má, está perfeita no papel,
linda, soberana, forte. Meu único porém é com a parte musical. Não gostei dela
cantando, mas, isso é pura implicância minha, pois, como disse, ela é perfeita
para ser a Rainha Má.
O figurino é extremamente bem produzido, reproduzindo com
muito glamour, os trajes dos personagens da animação. Com certeza irão
concorrer ao Oscar.
Os efeitos especiais também são de tirar o chapéu, muito bem
feitos, garantindo cenários e personagens com características clássicas, que é
o caso dos pequenos animais que interagem lindamente com Branca de Neve, e
obviamente os anões.
Que satisfação assistir a um clássico do desenho ganhar
vida. Eles, os sete, estão lá, com aquelas carinhas que conhecemos desde
sempre. Um deleite vê-los e ouvi-los, principalmente quando cantam “eu vou, eu
vou, prá casa, agora eu vou”.
A trilha sonora também merece destaque, pois, além dos
clássicos, temos novas e bonitas canções que são colocadas em cena de uma forma
econômica, sem extrapolar o bom senso, que ajuda aquelas pessoas que não são
muito fãs de musicais. Mais um ponto para o filme.
“Branca de Neve” é um filme excelente, um clássico
revisitado de forma moderna, com todos os ritos do conto de fadas, mas, também
com um toque moderno na história.
Eu recomendo muito para pessoas de todas as idades, para que tenham o prazer de assistir um filme bem feito, tanto pela história em si, quanto pela arte do cinema, que nos transporta a momentos mágicos e únicos.
Um comentário:
Parabéns pela excelente análise do filme, onde o seu conhecimento profundo da "Telona" é compartilhada com muita facilidade de entendimento para nós, meros expectadores. Já quero assistir.
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