Crítica Filme "Um Completo Desconhecido" por Rita Vaz

Estreia nesta quinta-feira o filme “Um Completo Desconhecido” dirigido pelo cineasta James Mangold, que tem em seu currículo filmes como “Kate & Leopold”, “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, entre outros.

A cinebiografia “Um Completo Desconhecido” nos revela Bob Dylan, desde o seu início no mundo da música, até seu icônico show no Festival Folclórico de Newport em 1965.

Dylan se encontra na influente cena musical de Nova York do início dos anos 1960, o jovem músico de Minnesota, tem apenas dezenove anos e caminha rumo à sua ascensão na música.

Ele passa de cantor folk de bares, para as salas de concerto e ao topo das paradas, culminando em sua performance inovadora de rock and roll elétrico no Festival Folclórico de Newport em 1965, definindo assim, um dos momentos mais transformadores da música do século XX.

Questões como racismo, injustiça social, guerras sempre estiveram presentes em suas músicas, fazendo dele um personagem importante no cenário musical, mundial.

Muitas outras lendas da música aparecem no longa, como Johnny Cash, Joan Baez, Woody Hutington, Pete Seeger e outros.

O diretor James Mangold fez um excelente filme, conseguindo imprimir na tela a aura dos anos 1960, principalmente na cena da música Folk.

Ele contou com um grande roteiro, com uma direção de arte impecável, com um figurino classudo, com maquiagens extremamente bem feitas (próteses usadas nos personagens, são muito naturais), e um elenco de tirar o chapéu, de tão bom em cena.

Todos performam de modo natural, orgânico, com sotaques, trejeitos e maneirismos impressionantes.

Obviamente que o destaque vai para Timothée Chalamet, com seu perfeito Dylan, mas, é impossível não falar das atuações de Edward Norton, Monica Barbaro e Elle Fanning, simplesmente incríveis.

Considero Timothée Chalamet um dos melhores atores de sua geração, e esse filme veio para confirmar isso, mais uma vez. Ele parece incorporar Bob Dylan, e entrega o seu melhor.

E isso é tão verdade, que em momento algum enxergamos Chalamet na telona, a gente só vê o personagem e isso é arrebatador.

“Um Completo Desconhecido” é um filme necessário, ele foi feito para quem é fã de Dylan, para quem o conhece, e também e quiçá, principalmente para as novas gerações que não tiveram o prazer de conhecer esse artista tão completo e necessário para o mundo da música.

Recomendo muito!