Estreia nessa quinta-feira o filme “Sing Sing” dirigido e roteirizado pelo cineasta Greg Kwedar, que tem em seu currículo longas como “Jockey” e “Transpecos”.
Baseado em uma história real, acompanhamos Divine G (Colman
Domingo), um homem preso injustamente na prisão “Sing Sing”, que encontra um
novo propósito de vida, ao se unir a um grupo de teatro na prisão.
Ao lado de outros detentos, ele embarca em um projeto
artístico que vai além das grades, descobrindo na arte uma poderosa ferramenta
de transformação e resiliência.
Quando um novo integrante, cauteloso e desconfiado, chega no
grupo, eles são desafiados a superar suas próprias barreiras emocionais para
dar conta dele, já que ele demanda atenção e paciência.
Na escolha da nova peça, eles optam por fazer algo novo,
algo com alguma coisa, que cada um deles deseja interpretar. Um quer algo
clássico, outro algo pop, outro algo bastante diferente.
Então, ele decidem juntos, unindo todos os desejos, encenar
sua primeira peça cômica, e o processo criativo se torna um caminho para
reconciliação consigo mesmos e com suas histórias.
O diretor Greg Kweder entrega um filme, acima de tudo,
emocionante. São tantas histórias dentro de cada pessoa, de cada cela, a ser
contada, que somente a arte conseguiria colocar para fora de cada um deles,
todos os sentimentos acumulados.
Durante a projeção do filme, você fica esperando que algo de
ruim aconteça, porque é o que normalmente acontece num lugar como esse, mas, não. Essa história é
realmente surpreendente, e pega você justamente por isso. Ela é uma história
“do bem”, do começo ao fim.
Você fica feliz ao assistir ao filme sabendo que ele foi
baseado em uma história real, mas, quando você fica sabendo que a maior parte
do elenco é formada por ex-prisidiários da trupe de teatro da vida real, a
emoção sobe, e muito.
São pessoas que vieram de situações completamente adversas,
que estão pagando pelos seus erros contra a sociedade, e descobrem dentro desse
lugar, que sempre nos remete a um lugar de sofrimento, um novo sentido para a
vida, quiçá uma vida completamente diferente das que eles já puderam imaginar.
Logo no início do filme, aparece um elenco fazendo testes
para vários papéis na peça. Esses são testes reais usados para escalar o elenco
do filme. Sensacional.
“Sing Sing” é um filme comovente, que prende a atenção da
plateia, do começo ao fim, tanto pela história, quanto pelo sentimento
envolvido nas atuações e entregas do elenco. Recomendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário