Crítica Filme "Meu Amigo Pinguim" por Rita Vaz

Estreia nesta quinta-feira o filme “Meu Amigo Pinguim” com direção do cineasta David Schurmann, que também dirigiu o delicado “Pequeno Segredo” e “Blood Rose” entre outros.

O diretor David Schurmann faz parte da família Schurmann, famosa no mundo todo, por ser a primeira família brasileira a circunavegar o mundo em um veleiro, sendo também uns dos pouquíssimos cidadãos brasileiros que já estiveram em alguns dos lugares mais remotos da Terra, como a ilha de Santa Helena, as Ilhas Pitcairn e o Território Britânico do Oceano Índico.

Dito isto, fica fácil entender essa tendência do diretor em retratar histórias marítimas, e isso é um elogio, pois, ele entende do que fala.

Baseado em uma história real, o longa conta uma inusitada história de amizade entre um humano e um pinguim.

João (Jean Reno) mora em uma ilha no litoral do Rio de Janeiro com sua esposa, e após uma tragédia pessoal, se afastou do mundo, tornando-se um homem triste.

Mas, quando ele encontra um pinguim à deriva sozinho no oceano, encharcado de óleo, seu primeiro instinto é ajudar.

Ele pega o pinguim e o leva para casa, limpa ele, cuida dele, o alimenta com todo o cuidado, oferecendo espaço e proteção.

Nessa ajuda, ele encontra um novo sentido e alegria para a sua vida, principalmente quando o pinguim começa a retornar, ano após ano, para rever seu amigo e salvador.

Com esse passar de tempo, todos na ilha acabam conhecendo DinDim, o pinguim, fazendo com que essa bonita história fosse de conhecimento de todo o mundo.

O diretor David Schurmann faz um paralelo na história, mostrando a vida de João na ilha no Brasil, e a vida de Dindim na Antártida e toda a sua migração até as águas brasileiras.

Fica muito fácil entender como as viagens de Dindim poderiam ter acontecido, além dos fatos comprobatórios que aparecem no filme.

A história em si, é muito bonita e emocionante. Mas, tem uma “coisa” no filme que me incomodou bastante, foi o fato de a história acontecer no Brasil, e todos do elenco falarem em inglês. Sério, no início deu um “bug” na minha cabeça.

Tudo em cena era Brasil, localização, cenário, atores e atrizes, vivências a que estamos acostumados, mas, o idioma em cena era o inglês. Inclusive um menino da história chamado Miguel, falava um inglês com sotaque latino. Isso realmente pegou durante a exibição.

Acontece que ao longo da projeção do filme, a gente vai se acostumando, e acredito que se você for ao cinema, já sabendo disso, consiga digerir melhor essa história.

Além do que, tenho que colocar na balança também, os motivos estratégicos da produção do longa, como parcerias, por exemplo, para que isso tenha sido feito.

“Meu Amigo Pinguim” é um filme lindo, com uma história universal, para toda a família assistir juntinha, apreciando cada minuto desse verdadeiro conto, que nos dá esperança de que o mundo melhore, e muito.

A natureza nos ensina sempre. Recomendo muito!

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