Curitibana HELOISA PASSOS comemora 35 anos da MAQUINA FILMES no 13º Olhar de Cinema com relançamento de três curtas restaurados em 4k

Diretora de Fotografia premiada internacionalmente apresenta seus curtas Do tempo que eu comia pipoca, Viva volta e Osório no dia 17 de junho; após a sessão Helô participa de debate com Guta Stresser, Tina Hardy e Patrícia Cornils 

Criada em 1988, em Curitiba, a Maquina Filmes assina a produção de sete curtas e dois longas dirigidos por Helô Passos; os curtas a serem exibidos foram restaurados via Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Paraná 

O relançamento de três curtas dirigidos por Heloisa Passos entre 2001 e 2008, ocorre no 13º Olhar de Cinema de Curitiba, em Exibições Especiais da seleção oficial. Os filmes serão apesentados no dia 17 de junho, terça-feira, às 19:50, no Shopping Center Mueller, em sessão seguida de debate com a atriz Guta Stresser, a montadora Tina Hardy e a documentarista Patrícia Cornils. A segunda sessão dos filmes acontece no dia seguinte, 18 de junho, às 14:15, com roda de conversa da diretora com o público e presença de Ana França e de Guta Stresser, no hall do cinema. 

Antecedendo as exibições, a Maquina Filmes realiza, no dia 16, domingo, às 17h, o lançamento de uma publicação com textos de Caetano Gotardo, Camila Macedo, Edgar Moura, Karla Holanda e Patrícia Cornils, no Coffeeterie Cine Passeio. O evento marca os 35 anos da produtora criada por Heloisa Passos em 1988 e que restaurou os curtas via Lei Paulo Gustavo.

 
Viva Volta

Pipoca

Osório

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Nota da DIRETORA:

Dentro de um casarão verde, na Rua Martim Afonso, em Curitiba, havia tudo que eu poderia sonhar naquele momento: logo na entrada, à direita, uma pequena sala na qual a historiadora Lucila Broetto liderava uma pequena equipe de duas pessoas no resgate de histórias orais. Mais à frente, uma cozinha onde passávamos café, à esquerda, uma sala de exposições. Subindo a escada, um banheiro grande transformado em laboratório fotográfico, uma sala vazia, outra cheia de arquivos. Na última sala estava Valêncio Xavier, criando e recriando um museu dentro dessa casa que era a minha Disneylândia em Curitiba, a sede provisória do Museu da Imagem e do Som no Paraná. Eu era estagiária e estávamos em 1988. No ano seguinte, Lucila me convidou para realizar um vídeo com as obras do pintor Miguel Bakun. A minha pergunta: o que precisamos fazer?

– Primeiro passo: temos que maquinar uma produtora. E assim nasceu a MAQUINA FILMES.
 

HELOISA PASSOS

Heloisa Passos é realizadora e uma premiada diretora de fotografia.

Dirigiu vários curtas-metragens, entre eles o premiado Viva Volta com Raul de Souza e Maria Bethânia. Construindo Pontes, seu primeiro longa metragem como diretora estreou no maior Festival de documentário do mundo, IDFA. Recebeu diversos prêmios, entre eles: Prêmio Marco Antônio Guimarães no 50 Festival de Cinema Brasileiro de Brasília, Menção Honrosa no CineEco 2018 (Portugal) e Prêmio de la crítica CAMIRA no VIII Festival Márgenes (Espanha).

Entre os mais de 40 filmes que fotografou, estão longas-metragens premiados internacionalmente, Nothing Lasts Forever (Berlinale, 2022 e melhor Fotografia No Cinema Eye Honor, 2024), Mulher do Pai (Berlinale, 2017 e melhor Fotografia no Festival do Rio), Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (Veneza, 2009 e melhor fotografia no Festival do Rio), Manda Bala (excelência em Cinematografia Sundance, 2007). Fez também Fotografia adicional nos documentários Democracia em Vertigem (indicado ao Oscar em 2020) e Citizenfour (vencedor do Oscar em 2015). No cinema de ficção, fotografou longas como Bocaina (2022), Fortaleza Hotel (2021), Deslembro (2018), Mulher do Pai (2016), O Que se Move (2012) e Rânia (2011). Na TV, fez a direção de fotografia da serie Me Chama de Bruna (Fox). É membra da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), do Coletivo de Mulheres e Pessoas Transgênero do Departamento de Fotografia do Brasil (DAFB), além de ser integrante da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.


Filmografia

ENEIDA, 79’, 2022 (É tudo verdade, Festival Brasileiro de Paris)

CONSTRUIND PONTES, 72’, 2017 (IDFA, Brasília, Havana)

BIRDIE, 14’, 2015 (NYF, Field of Vision)

KAROLYNE, 15’, 2015 (Field of Vision)

ENTRE LÁ E CÁ, 18’, 2012 (É tudo verdade, Olhar de Cinema, Uppsala)

OSÓRIO, 12’, 2008 (Fest. De Gramado, Janela Int. de Cinema de Recife)

VIVA VOLTA, 15’, 2005 (Festival do Rio, ZINEBI-Bilbao, Havana, Guadalajara)

PARA SEMPRE, 3’, 2002 (Festival Mix Brasil)

DO TEMPO QUE EU COMIA PIPOCA, 18’, 2001 (Seattle IFF, San Diego LFF).

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