MUSICAL NÓS SOMOS O AMANHÃ TRAZ O OLHAR DE LUFE STEFFEN PARA AS MEMÓRIAS DOS ANOS 80

 

Dirigido por Lufe Steffen, diretor do aclamado ‘São Paulo em Hi-Fi’, NÓS SOMOS O AMANHÃ é um longa que combina elementos fantásticos e da cultura LGBT para fazer uma viagem ao passado, nos anos 1980. O filme fará sua première no Curta Santos, no próximo dia 19 de novembro, onde será exibido como longa de encerramento. Em dezembro, o longa ganha também exibição em dois festivais: o Phenomena Festival, em São Paulo, com sessão no dia 3 de dezembro, domingo, às 18h, no CCSP e em Manaus, no Festival Manaus Filme Fantástico.

Com muito colorido e bom humor, a trama resgata o espírito juvenil dos anos 1980, trazendo músicas e elementos que marcaram a época, incluindo regravações inéditas de hits de Xuxa, Trem da Alegria e Balão Mágico. A distribuição é da Descoloniza Filmes e o longa chega aos cinemas do país no primeiro semestre de 2024.

Como no famoso seriado Chaves, o filme é uma fantasia desvairada que brinca com o elenco, e traz adultos interpretando crianças de 12 anos. Uma raridade no cinema nacional, este é um musical para adultos, uma fantasia psicodélica onírica, que busca na fantasia sua maneira de narrar. E para a trilha sonora, o próprio elenco regravou os sucessos dos anos 80.

O elenco é composto por nomes que vieram do teatro musical nacional, e conta com Claudia Ohana, como uma professora que defende seus alunos LGBTs e Silvero Pereira, que faz uma fada drag queen, a atriz trans Alicia Anjos, e o ator trans Bernardo Assis (da novela Salve-se quem puder).

A trama é inspirada em memórias do próprio cineasta. Os personagens são um grupo de alunos que sofre discriminações na escola. Separados por suas diferenças, tentam sobreviver ao bullying, perseguidos por questões étnicas, de gênero, sexualidade, forma física, comportamento. Até que um dia, a professora musical e futurista Clara Celeste aterrissa para mostrar que tudo pode ser diferente.

Ao experimentar o empoderamento, os alunos se unem e finalmente conseguem viver suas identidades com liberdade. Mas a escola, a normatividade e o monstro do conservadorismo estão de olho.

“Fiz NÓS SOMOS O AMANHÃ pensando que ele é o filme que eu gostaria de ter visto na minha infância nos anos 80. Por isso, ele é uma versão brasileira e LGBT+ de filmes como Os Goonies, História sem Fim, Os Garotos Perdidos, Labirinto, De Volta para o Futuro, e claro, tem também um pedaço reservado para Super Xuxa Contra o Baixo Astral!”, explica o diretor.

Ao olhar para o passado, numa fantasia repleta de magia, abordando questões e personagens LBGT+, Lufe, que também assina o roteiro, pensa, também, sobre o presente, sobre os dilemas e desafios da comunidade, num filme marcado pelo colorido e a alegria.

“Acredito que NÓS SOMOS O AMANHÃ é um filme que, ao imaginar a infância da comunidade LGBT+ nos anos 80, está fazendo um retrato do mundo de hoje. Quais eram as lutas por respeito, visibilidade, direitos e liberdade nos anos 80? São as mesmas de hoje. Acho que é um filme que fala muito sobre o hoje”, conclui.

Steffen é pesquisador da temática LGBT+ no cinema, e dirigiu dez curtas e dois longas documentais, entre eles 'São Paulo em Hi-Fi'. NÓS SOMOS O AMANHÃ é seu primeiro longa ficcional, que tem produção de Diego Sousa e Yas Chiden; produção executiva de Ibirá Machado; direção de produção e produção executiva de Edu Lima. O filme conta, em sua equipe, com fotografia de Julia Zakia; direção de arte de Denise Fujimoto e Luiz Henrique Lula; e figurino, cabelo e maquiagem assinados por Taisa Lira. A direção musical e trilha sonora original ficam a cargo de Andrés Giraldo.

NÓS SOMOS O AMANHÃ será lançado no Brasil pela Descoloniza Filmes.

 

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