O novo documentário de Zeca Brito, A ARTE DA DIPLOMACIA, é exibido pela primeira vez no Brasil no Festival do Rio, que acontece até o dia 15. O longa, que faz parte da seção Itinerários Únicos, ainda terá sessões no dia 13, às 16h20, Estação NET Gávea 2 (para convidados); e no domingo, 15, às 14h, no Estação NET Rio 3. Depois, o longa faz parte da programação da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que começa no dia 18.
A ARTE DA DIPLOMACIA mostra como a cultura brasileira teve um papel de destaque na luta contra o nazifascismo nos anos de 1940, quando o Brasil enviou mais de 160 pinturas doadas por 70 artistas modernistas para serem exibidas e leiloadas no Reino Unido.
“Estamos muito honrados em estrear no Brasil no Festival do Rio, o filme teve gravações na cidade e recupera a memória de importantes artistas cariocas. Uma época em que os pintores modernistas ajudaram a posicionar o Brasil na luta contra o nazifascismo”, explica o cineasta.
A arte brasileira foi apresentada em Londres pela primeira vez em 1944, e, segundo a pesquisadora Clara Marques, “tem uma certa provocação ali de mandar para os inimigos da Alemanha justamente o tipo de arte que o próprio Hitler mais detesta.” O longa resgata esse episódio com entrevistas de especialistas e uma rica pesquisa de imagens.
O filme fez sua estreia mundial no 11º FIDBA - Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires, no começo de outubro, e mostra como o Brasil se valeu da arte do soft-power em seu papel na luta contra os regimes totalitários durante a Segunda Guerra, além de mostrar o primeiro levante de internacionalização do modernismo brasileiro.
Além de Marques, o documentário também conta a participação do diplomata Hayle Melim Gadelha, que foi adido Cultural da Embaixada brasileira em Londres, cuja pesquisa, ao chegar na Inglaterra, descobriu esse importante feito da arte brasileira. Ao mesmo tempo, o longa constrói um vasto painel da arte modernista brasileira ao trazer depoimentos de entrevistados como crítica de arte brasileira Aracy Amaral e a inglesa Dawn Adès, as historiadoras Glaucea Britto e Anita Leocadia Benário Prestes, além de familiares dos artistas que participaram da exposição em Londres, como a pesquisadora Lisbeth Rebollo e o pintor Luiz Aquila.
O filme é uma produção da Anti Filmes, em
coprodução com Boulevard
Filmes e Donna
Features. Assinam a produção: Celina Torrealba, Frederico Ruas, Letícia Friedrich, Sergio Carpi e Zeca Brito.
Sinopse
Durante a 2ª Guerra Mundial, o Brasil enviou de navio 168 pinturas doadas por 70 artistas modernistas para serem exibidas e leiloadas em algumas das mais consagradas instituições de arte do Reino Unido. Um fascinante episódio de diplomacia cultural que revela uma visão de modernismo nas artes brasileiras. O filme busca investigar e descobrir os meandros desta história, procurando novos significados para a arte moderna brasileira do período.
Ficha técnica:
Direção: Zeca Brito
Roteiro: Frederico Ruas, Denise
Silveira, Jardel Machado Hermes e Zeca Brito
Produção: Celina Torrealba,
Frederico Ruas, Letícia Friedrich, Sergio Carpi e Zeca Brito
Coprodução: Boulevard Filmes e Donna
Features
Produção executiva: Letícia Friedrich
Direção de Fotografia: Bruno Polidoro
Montagem: Frederico Ruas e Jardel
Machado Hermes
Direção de Arte: Leo Lage
Direção de Som: Tiago Bello
Direção Musical: Rita Zart
Pesquisa: Hayle Melim Gadelha e
Clara Marques
Sobre Zeca Brito
Zeca Brito é cineasta,
atuando como diretor, produtor e roteirista. Mestre em Artes Visuais pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), graduado em Realização
Audiovisual pela Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) e em Poéticas
Visuais pela UFRGS. Foi diretor do Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande
do Sul (2019- 2023). Dirigiu e roteirizou curtas e longas-metragens exibidos e
premiados no Brasil e no exterior; "O Guri" (2011), "Glauco do
Brasil" (2015), "Em 97 Era Assim" (2017), "A Vida
Extra-Ordinária de Tarso de Castro" (2018), "Grupo de Bagé"
(2018), "Legalidade" (2019), "Trinta Povos” (2020) e
"Hamlet" (2022).
Filmografia:
- Um Breve Assalto (2009, 12’)
- Aos Pés (2009, 18’)
- O Sabiá (2011, 15’)
- O Guri (2011, 94’)
- Glauco do Brasil (2015, 90’)
- Em 97 Era Assim (2017, 94’)
- A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro (2018, 90’)
- Grupo de Bagé (2018, 75’)
- Legalidade (2019, 122’)
- Trinta Povos (2020, 78’)
- Hamlet (2022, 87')
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