Entre os dias 18 e 27 de setembro, a cidade de Lorena receberá a itinerância da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerada como o mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais. Totalmente gratuita, a programação contará com a exibição de 18 filmes, incluindo obras premiadas e com carreira em importantes festivais nacionais e internacionais, destaques das edições mais recentes da Mostra Ecofalante em São Paulo e sessões para o público infanto-juvenil.
O evento terá sessões abertas ao
público na Unisal e na USP, além de exibições educacionais na Faculdade Serra
Dourada, no Colégio Drummond, na ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva e em três
escolas da rede estadual de ensino: EE Gabriel Prestes, EE Prof° Luiz de Castro
Pinto e EE Prof° Francisco Marques de Oliveira Junior. A Mostra realiza ainda
sessões para cerca de 2 mil alunos da rede municipal de ensino, que acontecem
no período da manhã e da tarde na Unisal e na USP.
A sessão de abertura da Mostra
Ecofalante será realizada no dia 18 de setembro (segunda-feira), a partir das
19h, na Unisal. Na ocasião, será exibido o filme “Mulheres na Conservação”, de
Paulina Chamorro e João Marcos Rosa, filme que lança um olhar delicado e
sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental. O
documentário faz um recorte desse universo feminino que está à frente de ações
e estudos sobre conservação e meio ambiente no Brasil.
A programação completa do evento
pode ser acessada no site ecofalante.org.br/programacao.
“Mulheres na Conservação”
Destaques da programação
A programação da Mostra Ecofalante
em Lorena traz filmes nacionais e internacionais, incluindo obras de destaque
das edições mais recentes do festival em São Paulo.
“Vento na Fronteira”, de Laura
Faerman e Marina Weis, integrou a Competição Latino-Americana da Mostra em
2023; o filme acompanha a luta do povo Guarani-Kaiowá pelas suas terras, na
região do Mato Grosso do Sul, que são objeto de disputa de grandes
proprietários rurais.
Exibido nos festivais IDFA-Amsterdã
e Sheffield DocFest, “As Formigas e o Gafanhoto”, de Raj
Patel e Zak Piper, retrata a jornada de Anita Chitaya do Malawi à Califórnia,
com o desafio de convencer os norte-americanos de que a mudança climática é
real.
“
As Formigas e o Gafanhoto”
“Uma Vez Que Você Sabe”, do
documentarista Emmanuel Cappellin, trata-se de um alerta: para uma parte dos
cientistas, a oportunidade de evitar mudanças climáticas catastróficas já
passou. A obra, exibida em eventos na Itália, Reino Unido e Hong Kong, coloca a
pergunta: como se adaptar ao colapso?
“Oeconomia”, dirigido por Carmen
Losmann e selecionado para o Festival de Berlim, revela como as regras do jogo
capitalista contemporâneo pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os
déficits e as concentrações de riqueza.
O canadense “Beleza Tóxica”, de
Phyllis Ellis, exibido no festival HotDocs, é um documentário contundente sobre
a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da
beleza.
“Beleza Tóxica”
“Amazônia Sociedade Anônima”, de
Estêvão Ciavatta, recebeu o prêmio One World Media Awards na categoria Impacto
Ambiental. O documentário focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união
inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo
de terras e desmatamento ilegal para salvar a Floresta Amazônica.
“BR Acima de Tudo”, de Fred
Rahal, trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado
corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname, projeto
gestado durante a ditadura civil-militar (1964-1985).
Dirigido pela premiada diretora
Cosima Dannoritzer, “Ladrões do Tempo” é uma
coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte
cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do
tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida
cotidiana.
Para o público infanto-juvenil, a
Mostra exibe duas animações. “Meu Nome é Maalum”, de Luísa
Copetti, conta a história de uma menina negra brasileira que enfrenta os
desafios de uma sociedade racista e, com a ajuda de sua família, transforma a
tristeza em orgulho por sua ancestralidade. Em “Vanille”, de Guillaume Lorrin, uma
pequena parisiense embarca numa aventura cheia de mistérios em Guadalupe e faz
as pazes com suas origens.
“BR Acima de Tudo”
Realização
A itinerância da 12ª Mostra
Ecofalante de Cinema em Lorena é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à
Cultura. O evento é uma apresentação da Valgroup, tem patrocínio da BASF e da
Taesa e apoio da Drogasil. Tem apoio institucional da Prefeitura de Lorena (por
meio da Secretaria Municipal de Educação), da Embaixada da França no Brasil, do
Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do
Clima. A Etec Padre Carlos Leôncio da Silva, Faculdade Serra Dourada, a Unisal
e a USP são parceiras educacionais do evento. A produção é da Doc & Outras
Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do
Ministério da Cultura.
Serviço
Mostra Ecofalante
de Cinema – Lorena
18 a 27 de setembro
programação gratuita
ecofalante.org.br
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