“Estou me sentindo tão importante sendo
homenageada no Festival de Cinema da minha terra. Sempre quis ser um orgulho
capixaba. Não adianta nada fazer sucesso no mundo inteiro sem o aplauso da mãe
da gente, sem o amor da aldeia”, afirma Elisa Lucinda.
A Cerimônia
de Homenagem acontece no dia 21 de setembro, às 19h, no Teatro
Glória, no Sesc Glória. A Coletiva
de Homenagem será realizada no dia 22 de setembro, às 15h, no
Hotel Senac Ilha do Boi.
CARREIRA
Poeta, atriz, intérprete, jornalista e
professora, Elisa Lucinda é natural do município de Cariacica, cidade que
integra a região Metropolitana da Grande Vitória, no Espírito Santo. Na
infância, aos 11 anos, as mãos da mãe, Divalda Campos Gomes, Elisa chega às
mãos de Dona Maria Filina Salles Sá de Miranda, chamada pela autora de “mãe de
minha poesia”, e começa seus estudos de declamação de poemas, arte que a
poetriz exerce até hoje. Artista múltipla e intensa, ela emprestou seu talento
a inúmeros trabalhos em 35 anos de carreira. Formou-se em jornalismo em 1982, e
começou a exercer a profissão como repórter e apresentadora de TV, mas seus
desejos a conduziram para outros caminhos quando mesmo na Ufes a artista foi
convidada para integrar um grupo de teatro e participou de várias criações
coletivas em mostras universitárias. Na segunda metade da década de 1980
mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, com planos de seguir a carreira
artística e iniciou os estudos no Curso de Interpretação Teatral da Casa de Artes
de Laranjeiras (CAL).
No cinema, seus primeiros trabalhos foram A Fábula da Bella Palomeira
(1987), de Ruy Guerra; Referência
(1988), curta-metragem de Ricardo Bravo onde Elisa foi premiada como Atriz
Revelação no Festival de Cinema de Brasília de 1989; Barrela (1990), premiado
longa-metragem de Marco Antonio Cury, inspirado na obra do Plínio Marcos; e A Causa Secreta (1994), de
Sérgio Bianchi. Também esteve presente em Seja
o Que Deus Quiser (2002) e O
Fim e os Meios (2015), de Murilo Salles; As Alegres Comadres (2003),
de Leila Hipólito; Maré,
Nossa História de Amor (2008), de Lucia Murat. Em 2019, ela
interpretou Deus no elogiado curta-metragem Alfazema
(2019), de Sabrina Fidalgo. Seus trabalhos mais recentes na telona são O Pai da Rita (2022), de
Joel Zito Araújo e Papai é
Pop (2022), de Caíto Ortiz. Em 2020, foi a vencedora do Prêmio
Especial do Júri do Festival de Cinema de Gramado, pelo conjunto da obra, com o
filme Por que Você Não Chora?
(2021), de Cibele Amaral.
Na televisão, Elisa Lucinda brilha em Vai na Fé (2023), de Rosane
Svartman. Na trama, ela interpreta Marlene, a matriarca da família de Sol, que
ao longo da trama precisou superar os obstáculos e mudar a forma como encarava
a vida. Com dezenas de atuações, ela participou das tramas de Kananga do Japão (1989),
dirigida por Tizuka Yamazaki (sua estreia na TV) na extinta TV Manchete; Sangue do Meu Sangue
(1995), remake da
trama de Vicente Sesso, de 1969, no SBT; além de Araponga (1990), de Dias Gomes, Lauro César
Muniz e Ferreira Gullar, Mulheres
Apaixonadas (2003) e Páginas
da Vida (2006) de Manoel Carlos, Insensato
Coração (2011), de Gilberto Braga, Aquele Beijo (2012), de Miguel Falabella, Lado a Lado (2013), de João
Ximenes Braga e Claudia Lage e Tempo
de Amar (2017), de Alcides Nogueira, todas na TV Globo.
Recentemente vive a voz da cantora Vanusa e Aparecida, mãe de Cassandra,
protagonizada por Liniker, na série Manhãs
de Setembro (2021-), do Prime Video.
Com 19 livros publicados, Lucinda se tornou
uma das mais importantes poetas e autoras do Brasil. Entre os destaques da sua
obra estão O Semelhante,
Eu te Amo e Suas Estreias,
A Fúria da Beleza
e Vozes Guardadas,
além dos romances Fernando
Pessoa: O Cavaleiro de Nada, finalista do prêmio São Paulo de
Literatura em 2015; e Quem me
Leva Para Passear, finalista ao Prêmio Jabuti 2022 na categoria
Romance de Entretenimento. Também é autora da coleção infantil Amigo Oculto, pela qual
ganhou o prêmio Altamente Recomendável da FNLIJ - Fundação Nacional do Livro
Infantil e Juvenil.
Também no universo da literatura a artista
fundou, em parceria com a atriz Geovana Pires, a Casa Poema. A instituição
cultural desenvolve projetos voltados para o fomento e a popularização da
poesia. Com ações para todas as idades, um dos destaques é o Versos de Liberdade,
projeto que ensina a palavra poética aos jovens que cumprem medidas
socioeducativas, além de cursos de poesia falada para professores e
profissionais de áreas diversas. Em 2021, Elisa Lucinda tomou posse na Academia
Brasileira de Cultura, ocupando a cadeira de Olavo Bilac, ao lado de nomes como
Zeca Pagodinho, Elza Soares, Christiane Torloni, Ana Botafogo e Carlinhos de
Jesus.
Com uma carreira ativa nos palcos, Elisa está
na estrada há 21 anos com o solo Parem
de Falar Mal da Rotina. O espetáculo de sua autoria, que deu origem
a uma publicação homônima, já percorreu todos os estados brasileiros, além de
ter realizado temporadas na Holanda, Espanha, Portugal, Moçambique e Cabo
Verde. Ao falar sobre os encantos da rotina, a artista segue inspirando
fãs e seguidores.
UMA JANELA DE 30 ANOS PARA O
CINEMA BRASILEIRO
Depois da Mostra Comemorativa 30 Anos do
Festival de Cinema de Vitória, as comemorações de 30 anos do Festival de Cinema
de Vitória seguem a todo vapor. De 18 a 23 de setembro, acontece a 30ª edição do Festival de Cinema de
Vitória, que apresentará a safra atual e inédita do cinema
brasileiro. Além das exibições nas mostras competitivas, o evento contará
lançamentos de filmes, debates, formações e homenagens que transformarão a
cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro. A programação gratuita será
realizada no Sesc Glória, no Cine Metrópolis (Ufes) e no Hotel Senac Ilha do
Boi.
O 30⁰
Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da
Petrobras e da ArcelorMittal, através
da Lei de Incentivo à
Cultura, Ministério
da Cultura. Conta também com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo,
do Cine Metrópolis, da
Rede Gazeta,
da Carla Buaiz Jóias
e do Sesc Glória. A
realização é da Galpão
Produções e do Instituto
Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
Serviço
30º Festival de Cinema de Vitória
de 18 a 23 de setembro de 2023
Cerimônia de Homenagem
21 de setembro, quinta-feira, às 19 horas
Teatro Glória, Sesc Glória
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