Crítica Filme "A Era de Ouro" por Rita Vaz.

 


Estreia nesta quinta-feira o filme “A Era de Ouro” drama biográfico, escrito e dirigido por Timothy Scott Bogart.  O longa é baseado na vida de seu pai, o fundador da Casablanca Records, Neil Bogart.

Na história conhecemos Neil Bogart, um judeu sonhador que, começando com muita vontade e pouco dinheiro, acabou se tornando bilionário graças à criação de seu selo Casablanca Records em 1973, que foi uma das grandes editoras da era “disco”.

Com um faro para grandes artistas ele lançou muitos dos cantores e grupos mais famosos da história, como KISS, Parliament, Donna Summer e The Village People, marcando para sempre a história mundial da música.

Apesar de todo esse sucesso, no longa ficamos sabendo que ele passou por muitos problemas e dívidas enormes, para chegar ao topo. Um homem que viu seu sonho se tornar realidade graças à perseverança e à crença de que tudo é possível e vale a pena tentar.

O diretor Timothy Scott Bogart, filho de Neil, que aparece no filme (ainda uma criança), quando imagens reais do empresário são mostradas nos créditos, fez o filme para que as pessoas conhecessem a importância de seu pai para a história da música.

Inclusive no roteiro do filme, em uma cena em que Neil Bogart fala diretamente com a plateia (quebrando a quarta parede) ele fala justamente isso, “provavelmente você nunca ouviu falar no meu nome”, e isso é verdade para a maior parte das pessoas, e ele se transforma em uma pessoa real ao final da projeção. Objetivo atingido pelo seu filho.

Neil Bogart morreu cedo, aos 39 anos, mas, construiu tudo o que imaginou. E eu fico aqui pensando o que mais, ou quem mais ele teria revelado ao mundo se tivesse permanecido por aqui.

A história é interessante, mas, eu particularmente não gostei do roteiro, por achar ele um tanto desconexo, com algumas pontas soltas. Não é que a gente não entenda a história, entende sim, mas, alguma coisa está fora do lugar.

Talvez a falta de foco no gênero do filme, se era para ser um drama, uma cinebiografia ou um musical. E para mim ficou como uma colcha de retalhos.

Inclusive tenho a opinião de que esse filme foi feito para passar, daqui a um tempo, na televisão norte americana, como uma minissérie, como acontece muito aqui no Brasil. E digo isso por conta de alguns cortes que eu não entendi. A montagem pareceu muito fria em alguns momentos.

Apesar desses pesares “A Era de Ouro” é um filme legal de se ver, pois, tem ótimas apresentações musicais, mostra o início de artistas famosos e nos conta a história desse homem tão importante para a indústria fonográfica.

Recomendo principalmente para quem gosta do gênero.

 

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