Após uma jornada de vitórias em festivais, MÁQUINA DO DESEJO,
um filme sobre a fantástica trajetória de José Celso Martinez Corrêa, o
inigualável Zé Celso, chega ao circuito dos cinemas brasileiros mediante a um
mutirão artístico que, mobilizado com a tragédia que nos levou sua presença,
pretende seguir a sua luta. O documentário é uma codireção entre Joaquim
Castro e Lucas Weglinski e terá o seu lançamento comercial nesta
quinta-feira, 20 de julho, nas seguintes praças: São Paulo,
Rio de Janeiro,
Belo Horizonte,
Brasília,
Fortaleza,
Porto Alegre,
Recife, Ribeirão Preto
e Salvador.
A dupla de diretores transformou ao longo
de sete anos um acervo de mais de seis décadas de registros; entre filmagens
de cineastas e videomakers, arquivos de cinematecas, TV's nacionais e
internacionais, além de muitas gravações feitas pelo próprio Teatro Oficina,
resultando no maior registro histórico de uma das mais longevas companhias de
teatro em atividade permanente do Brasil. A distribuidora Descoloniza Filmes, que
planejava o lançamento para outubro, topou com os diretores esse ato no calor
da urgência do fogo criador que sempre caracterizou Zé. Sem qualquer edital
ou patrocínio, vão estrear no choque dos acontecimentos. O filme narra em uma
linguagem única as mais de seis décadas de trabalho contínuo que transbordou
o palco e penetrou na história do Brasil. Um mergulho nas entranhas
criadoras da companhia que faz da liberdade de criação uma conquista
irreversível. |
Sinopse Direção,
Roteiro e Montagem: Joaquim
Castro e Lucas Weglinski
Premiações e Festivais:
Há 65 anos, o Oficina enfrenta diversos
obstáculos impostos por regimes autoritários e censura, além de estar
envolvida em questões sociais urgentes. Revivemos os desafios enfrentados por
José Celso Martinez Corrêa e as diversas formações do Tyaso do Oficina ao
longo do tempo, destacado seu compromisso com a liberdade de criação, a
reexistência e a defesa dos direitos humanos. O super objetivo da Cultura. Como Zé sempre disse: Cultura não é coisa
de domingo, de lazer, super estrutura, mas sim a (infra)estrutura da própria
vida. E mesmo nos momentos mais antidemocráticos da história, a cultura
fervilha, enfrenta e apresenta novos caminhos. É o eterno retorno da luta
entre a Guerra e o Desejo. É a história de um dos movimentos culturais
mais influentes do Brasil, mas também a história do Audiovisual no Brasil,
uma vez que sua história acompanha o desenvolvimento dos formatos
audiovisuais nos últimos 80 anos. Desde filmagens em família dos anos 1930
até fragmentos de filmes de cineastas incríveis como Zé do Caixão, Luiz
Rosemberg Filho, Eryk Rocha, de várias gerações. Também podemos ver
fragmentos de filmes realizados pelo Teatro Oficina que estiveram em
festivais como Cannes e Berlim. É também sobre como sua arte influenciou
músicos como Caetano Veloso e Chico Buarque, cineastas como Glauber Rocha e
Rogério Sganzerla e movimentos de Arte como a Tropicália e a Antropofagia. E
não termina aqui. Temos influência na Arquitetura e seus principais símbolos no Brasil, como Lina Bo Bardi, Edson Elito, Flávio Império e Hélio Eichbauer, e no Urbanismo e Ecologia. Oficina é um agente cultural que dialoga com a história do Brasil como um todo e no filme podemos ver como lutou contra a Ditadura Brasileira e esteve presente e filmou a Independência de Moçambique (África) e a Revolução dos Cravos em Portugal. Um time totalmente inusitado compõe o coro polifônico que narra o filme: Ítala Nandi, Renato Borghi, Célia Helena, Antonio Abujamra, Dina Sfat, Lina Bo Bardi, Azis Ab´Saber, Maria Alice Vergueiro, Bete Coelho, Chico Buarque, Caetano Veloso, Fernanda Montenegro, Elke Maravilha e Maluf são algumas dessas improváveis combinações que só o Oficina poderia nos proporcionar. |
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