O premiado documentário Quando Ouvi a Voz da
Terra chega a uma nova fase: a série QUANDO OUVI A VOZ DA
TERRA,
que estreia no dia 26 de outubro no Youtube, com acesso gratuito, e aborda o
trabalho e os costumes em outras áreas de atuação, trazendo sempre a humanidade
que há por trás de cada cultivo ou relação com os animais. A pecuarista e
ativista pelo bem-estar animal Carmen Perez visita produtores de cacau, café, leite,
mel, pecuária além de sua rotina como fazendeira. Ao todo, são quatro
minidocumentários de 15 minutos, lançados quinzenalmente no canal que leva o
nome do filme.
A repercussão do
documentário original, de 2021, foi tão positiva que o trio idealizador do
projeto, Carmen, o diretor Nando Dias Gomes e a jornalista Flávia Tonin,
decidiu ampliar a obra. “Quando fizemos o primeiro filme, a ideia era levar,
através do olhar único da Carmen Perez, a voz da terra para o mundo. O filme
deu tão certo que decidimos continuar contando esta histórias de vida, de um
Brasil profundo e plural, para tanto em novos lugares e situações”, explica
Nando.
No contexto atual, o
trio aponta a importância da série que toca em assuntos caros ao Brasil e seu
povo. “O Brasil é uma pais continental e o povo brasileiro é riquíssimo em
cultura e inovação. Mas não podemos nos esquecer de que também somos um pais
Agricola por vocação. Temos terras e clima favorável ao plantio o ano inteiro.
Diferente da Europa e EUA por exemplo. Hoje estamos no cento das atenções
mundiais quando o assunto é meio ambiente e a produção de alimentos”, explicam.
O filme original foi
feito em um ano, durante a pandemia, pois era urgente que uma mensagem positiva
chegasse às pessoas naquele momento. A série, no entanto, se diferencia ao
trazer mais profundidade às questões abordadas, e expande o campo de atuação
para além de os bovinos de corte. “Prosseguimos com o olhar voltado para nas
pessoas, mas desta vez ampliando para outras culturas e formas de se produzir o
alimento da terra. A serie se diferencia do filme pelo seu formato mais ágil,
agora tratasse de 4 curtas-metragens, cada um em um universo distinto dos
outros”, conta o diretor.
Carmen ressalta que a
duração de 15 minutos de cada documentário também está em sintonia à urgência e
pressa do mundo contemporâneo, permitindo que mais pessoas assistam aos
minidocs. “Também abordamos outros aspectos da cadeia produtiva e do campo, com
diversidade de atividades, temas e pessoas” explica a pecuarista e ativista
pelo bem-estar animal, que, aqui, é uma intermediária entre os entrevistados e
o público.
Temas como o bem-estar
animal estão no centro da série, que foi filmada em lugares como a Ilha do
Combu (PA), e no Matogrosso. Carmen ressalta que é necessário conscientizar as
pessoas sobre os temas da natureza e da agropecuária nacional. “É uma
conscientização necessária para o mundo em que vivemos e essas práticas
impactam no lado social, ambiental influenciando todo ecossistema. Precisamos
mostrar como é praticado, como também disseminar internamente as boas
práticas.”
Já Flávia destaca a
importância dos temas da série para o país como um todo. “Mostrar e incentivar
o bem-estar animal traz esperança a todos os lados. Há uma melhor relação entre
os homens e animais por ampliar as boas práticas de produção no campo e o
consumidor consciente também recebe uma resposta positiva da cadeia produtiva,
de que há uma produção de alimento que respeita os animais.”
Carmen, em seu
trabalho, é conhecida como referência na questão do bem-estar animal, e a
série, assim como o filme, leva ao mundo o seu trabalho, além de construir uma
nova narrativa sobre o campo, tirando da frente os preconceitos, e
restabelecendo um imaginário saudável. “Poder fazer um filme, e projetar para
mundo estas historias através da arte, cria uma janela de conexão. Da
cidade com o campo. Para que as pessoas mergulharem neste universo e façam
parte desta construção”, alega Nando.
Premiado com Menção
Honrosa de Impacto Social no Latino And Native American Film Festival (LANAFF)
realizado em Connecticut (EUA), o longa já conta com mais de 300 mil
visualizações no Youtube, e Carmen o define como “uma comunicação genuína,
verdadeira que não separa setores mais conecta pessoas de toda sociedade através
de uma comunicação empática. Foi isso que sentimos em todas as manifestações.”
“O Publico se
identificou com as historias de vida dos personagens. Ouve uma conexão. Muitas
pessoas que ainda não haviam assistido a um documentário sobre o tema, se surpreenderam
pela forma como as histórias foram contadas”, acrescenta Nando.
O projeto deve
continuar em 2023, com novas obras de audiovisual que impactam o público de
maneira positiva, e abrem novos horizontes sobre questões agrárias e pecuárias
no país. “Nós vivemos hoje em uma nova era. A humanidade cada vez mais toma
consciência do seu papel neste planeta e em como nos relacionamos com os
animais e a natureza”, afirma o diretor.
Para o trio, a série
QUANDO OUVI A VOZ DA TERRA chega ao streaming num momento importante de nossa
história. “É um momento em que assumimos o nosso protagonismo no mundo.
Reconectar o campo e a cidade, através destas historias contadas na serie, nos
faz pensar em nossas raízes ancestrais. Nos faz pensar de onde viemos e para
onde vamos. Nos motiva a responsabilidade do que temos em nossas mãos.”
QUANDO OUVI A VOZ DA
TERRA
Onde: https://www.youtube.com/channel/UC66yp7Vjezdb1VimbIXRuSg
Quando: A partir de
26/10 às 20h, com um novo episódio a cada 2 semanas
Acompanhe os bastidores
da série: www.instagram.com/quandoouviavozdaterra
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