Tocando
num tema sempre urgente e polêmico no Brasil: a política de cotas raciais, o
documentário AUTODECLARADO,
de Maurício Costa, chega, nessa quinta (29), às plataformas de VOD: Now, Vivo
Play, Itunes, Microsoft, Google Play e Youtube.
Partindo
do debate sobre a política de cotas e as acusações de fraudes na sua dinâmica
de verificação, com pessoas brancas se passando por outras raças para conseguir
uma vaga nas universidades, o filme discute não apenas a importância dessa
política, nas últimas décadas, mas também como é o processo de verificação e
suas possíveis falhas.
Próximo
a completar 20 anos, a política de cotas raciais se revela um mecanismo
necessário, mas ainda assim falho. Elas começaram a ser usadas no ingresso no
ensino superior no país, que começou a ser utilizada em 2003, nos vestibulares
da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e da UNEB (Universidade
Estadual da Bahia).
Luan
Myque Figueira da Silva, Luciene Guimarães de Faria, Cristina Sousa, Bárbara
Kruczyski, Janedson Almeida e Glaucielle Dias estão ao centro do documentário.
Ao retratar as jornadas dessas pessoas, AUTODECLARADO discute os evidentes
preconceitos e colorismo racial no país - onde essa dita “democracia
racial” é apenas uma ilusão.
“A
divisão interessa mais a quem é contra as cotas raciais do que a quem as
defende. Como afirmou um de nossos entrevistados, temos de discutir a inclusão,
em vez de discutir a exclusão. Além disso, meu entendimento da
experiência racial, no Brasil, mudou, e espero que o filme faça o mesmo para o
público”, explica o cineasta.
O
projeto ainda conta com a participação de 25 entrevistados, incluindo
lideranças históricas no movimento negro no Brasil, os criadores e redatores da
regulamentação das comissões de verificação, reitores de universidades federais
e privadas, acadêmicos, youtubers e influenciadores digitais negros, negras,
pardos e pardas e, principalmente.
Entre eles, Frei Davi (EDUCAFRO), Prof. José Vicente (Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares), Benedito Gonçalves (Ministro do STJ), Spartakus Santiago e Winnie Bueno (ambos influenciadores negros de grande alcance entre o público-alvo do filme), Natalino Salgado (Reitor da UFMA), e Demétrio Magnoli (sociólogo e jornalista)..
Sinopse
A
partir do debate sobre as fraudes cometidas por brasileiros brancos e as
acusações contra brasileiros pardos nos programas de ação afirmativa para
ingresso nas universidades e em concursos públicos no Brasil, o filme busca
refletir de forma profunda sobre colorismo, racismo e identidade racial.
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