Crítica Filme "A Mulher Rei" por Rita Vaz

Estreia nesta quinta-feira o ótimo filme “A Mulher Rei” com direção de Gina Prince-Bythewood (“Antes Que Eu Vá”, “A Vida Secreta das Abelhas”) e com Viola Davis no papel principal.

Em primeiro lugar, sabemos que a atriz Viola Davis é um selo de qualidade enorme, o fato dela estar em uma produção, leva o filme para um patamar muito mais alto, e nesse caso, toda a sua representatividade, tem um peso gigante.

Viola Davis é uma das pessoas mais influentes do planeta, sendo conhecida por sua luta contra o racismo e pelo protagonismo da cultura negra no entretenimento, e o fato de estar nesse filme e participar de sua apresentação ao redor do mundo, faz com que muitos a ouçam realmente.

“A Mulher Rei” vai além da cinematografia, o filme tem uma importância e relevância absurda para a sociedade, que precisa aprender a respeitar a complexidade da mulher negra.

Na história, inspirada em fatos reais, conhecemos as Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto.

“A Mulher Rei” acompanha a emocionante jornada épica da General Nanisca (a atriz vencedora do Oscar® Viola Davis) enquanto ela treina uma nova geração de recrutas e as prepara para a batalha contra um inimigo determinado a destruir o modo de vida delas.

O roteiro mostra fatos tristes da história do mundo, e consegue retratar muito bem os costumes da época, tanto no aspecto da ação das guerreiras contra exércitos, quanto no lado dramático da história, pois temos personagens reais na trama. Elas não têm super poderes, elas treinam e muito para se tornarem o que são, e elas também sentem dores, se machucam e se curam.

“A Mulher Rei” não é um filme de ação, apesar das grandes cenas de batalhas, ele é um drama, que fala da realidade de um povo, de mulheres que lutaram pela sua liberdade individual e coletiva.

E o elenco, o que falar dele? Sensacional! Todos em harmonia absoluta para apresentar ao mundo uma história com tanta importância. E a atriz Viola Davis, obviamente se dirige a mais uma indicação ao Oscar, que com certeza, ganhará. A força que ela tem em cena, é gigante, e não é somente uma força física, não, essa força é a de menor importância. A força dela está na presença, na representatividade. Quando ela aparece na tela, tudo aumenta, e isso é muito bonito de se ver.

A história das Agojie e principalmente da comandante Nanisca, suscita emoções diferentes e contraditórias na gente. Quando assisti o filme senti raiva, alegria, tristeza, vergonha, compaixão, e isso é estranho e bom ao mesmo tempo, pois, mostra o quanto uma história pode impactar uma pessoa, levando-a a questionar, cada vez mais, conceitos e preconceitos enraizados.

“A Mulher Rei” é um filme que deve ser assistido por todos, tanto pelo seu peso cinematográfico, quanto seu peso social, pois, como é dito no longa, “algumas coisas valem a luta”. Super recomendo.

 

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