A cerimônia de encerramento da 16ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e do 13º Brasil CineMundi – 12th International Coproduction Meeting aconteceu na noite de domingo, 25 de setembro, com o anúncio dos projetos vencedores do maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro. Foram 14 anúncios para projetos selecionados, que ganharam prêmios de parceiros da CineBH no fomento à produção.
O
projeto na categoria Em Desenvolvimento vencedor do prêmio dado pelo Júri
Oficial, formado pelos produtores Dirk
Manthey, Sara Silveira e Sophie Erbs, foi “A Onça” (MG), com
direção de Emanuel Lavor e produção de Bruno Torres, da empresa produtora
Fuskazul Filmes. O projeto levou o Troféu Horizonte e ganhou prêmios dos
parceiros da 16a CineBH e do 13o Brasil
CineMundi: DOT (R$
15.000 em serviços de finalização), MISTIKA (R$
15.000 em serviços de pós-produção), Parati Films (800 euros em tradução de
roteiros para longa-metragem – português para francês) e Naymovie (R$ 15.000
em serviços de locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria).
O
júri justificou a escolha por “A Onça” pelo “olhar que lança o futuro, que
abraça a terra, que coloca a diversidade no centro das atenções, que
potencializa as mulheres em gerações esquecidas, que educa com a sua força
interior sem depender do homem, que denuncia um bioma em confronto com
denúncias de desmatamento, que abre horizontes internacionais com
possibilidades de criar pontes e conexões, que traz a potência das histórias de
um Brasil profundo”.
COOPERAÇÃO
E INTERCÂMBIO
O
mineiro “A Onça” ainda
levou o Prêmio World
Cinema Fund (Alemanha) por suas potenciais “camadas
fílmicas e temáticas muito diferentes e que podem ser desenvolvidas em ambas as
direções: estilísticas e de estratégia de público”, além do que “os temas
contemporâneos do filme e a ressonância que eles podem encontrar em todo o
mundo, bem como a abordagem de produção, contribuíram para essa decisão”,
conforme justificativa do Fundo.
O
projeto “Borda do
Mundo” (RJ), com direção de Jô Serfaty e produção de
Clarissa Guarilha, ganhou o Prêmio
MAAF/Projeto Paradiso (vaga para produtor no Málaga
Festival Fund & Co-production Event, na Espanha, em 2023, e R$ 6 mil do
Paradiso), justificado por “se aproximar da conscientização global para o
desenvolvimento sustentável e um desenho de produção viável”. O mesmo projeto
levou ainda o Prêmio
Torino Film Lab (vaga para produtor no TFL Meeting Event,
na Itália, em 2022), por seu “tema muito contemporâneo, que precisa ser tratado
com urgência”.
“Encontrando
Norma” (SP),
de Lívia Perez, com produção dela e de Alice Riff e Giovani Francischelli,
venceu um dos prêmios
do Forum RIDM (vaga
para produtor de projeto de documentário da categoria Em Desenvolvimento), por
“construir pontes entre o sul e o norte, entre o passado e o presente e
sobretudo entre duas mulheres que buscam a afirmação de suas expressões
artísticas”. O outro prêmio do Forum
RIDM (vaga para diretor ou produtor de documentário na
categoria WIP Work in Progress) foi para “Assexybilidade”, com direção de Daniel
Gonçalves e produção de Roberto Berliner e Leo Ribeiro, por abordar “um tipo de
apagamento histórico que ainda hoje permanece às margens das discussões sobre
inclusão e diversidade”. Ambos estarão no RIDM – Rough Cut Lab na próxima edição
do Festival Internacional de Documentário de Montreal (Canadá).
O Prêmio Nuevas Miradas (Cuba)
foi para “Terra no
Olho”, da categoria Foco Minas, com direção de Yasmin Guimarães
e produção de Daniela Cambraia e Mariana de Melo. A justificativa é de que sua
temática é “tão pertinente quanto necessária nos momentos em que vivemos, além
da equipe de mulheres poderosas que estão iniciando suas carreiras
profissionais”. “Walala” (MT),
do diretor Perseu Azul e produção de Daniel Calil, levou o Prêmio Encuentros BioBioCine (Chile)
pela “abordagem autoral e narrativa alegórica sobre a destruição contínua e
progressiva sofrida pela natureza no Brasil”. O mineiro “A Onça” foi
anunciado durante a cerimônia como um segundo projeto a ganhar o prêmio
Encuentros BioBioCine.
No Prêmio DocSP (vaga
para produtor de documentário da categoria Em Desenvolviment nas rodadas de
negócios na próxima edição do DocSP), “O Passe de Gil” (BA), direção de
Isaac Donato e produção de Marília Cunha, foi escolhido pela forma como
apresenta “a experiência da dança de um mestre do balé clássico e do candomblé
em busca de um sucessor”. O mesmo projeto também ganhou o Prêmio Edina Fuji (pela
“suspensão que procura encaixar os mistérios do ser humano”.
“Cavalaria
Espacial” (DF),
direção de Cássio Oliveira e produção de Camila Machado, na categoria DocBrasil
Meeting, ficou com dois prêmios: o DocMontevideo (vaga
para produtor de projeto de documentário da categoria Em Desenvolvimento nos
meetings e workshop na próxima edição do DocMontevideo, no Uruguai), pelo
“potencial de ressaltar com drama e humor os absurdos da nossa experiência na
planície da terra e agora com o terraplanismo”; e o Conecta (vaga para
produtor de documentário da categoria Em Desenvolvimento no Conecta –
International Documentary Industry Meeting, no Chile), “por revelar uma
história tão inesperada e improvável quanto necessária para tornar o mundo
visível”.
No Prêmio CTAv, dado a um
projeto na categoria Foco Minas, o escolhido foi “Orquestra Vazia”, direção de
Maria Leite e produção de Marcella Jacques, pelo “gesto ambicioso de imaginar
um cinema e uma animação ancorados nas suas origens mais artesanais e
fantásticas”. E o Prêmio
O2 Play (encoding para
filme finalizado) escolheu “Quando eu me Encontrar”, direção de Amanda Pontes e
Michelline Helena e produção de Caroline Louise, por sua “narrativa regional e
universal pautada por relações afetivas familiares”.
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