Crítica Filme "45 do Segundo Tempo" por Rita Vaz

 


Estreia nesta quinta-feira em todos os cinemas nacionais, o filme “45 do Segundo Tempo”, sob a direção de Luiz Villaça (“De Onde Eu Te Vejo” e a série “A Mulher do Prefeito”).

Na trama conhecemos a história de Pedro Baresi (Tony Ramos), um palmeirense roxo e dono de uma tradicional cantina italiana chamada Baresi, que é herança de família, passada de pai para filho.

Ele é convidado pela mídia, a recriar uma foto que foi tirada em 1974, durante a inauguração do metrô em São Paulo, que fez junto de dois amigos da escola, os quais não vê há quarenta anos também.

O que era para ser um reencontro para uma comemoração, se torna um vetor para Pedro repensar em sua vida, pois está falido e só tem a vira-lata Calabresa como companheira.

Ele decide então, e avisa aos dois amigos, Ivan (Cássio Gabus Mendes) e Mariano (Ary França) que pretende tirar a própria vida, mas, não sem antes ver seu time campeão.

“45 do Segundo Tempo” é um filme sobre reencontros, saudades, decisões, consequências e amizades.

O diretor Luiz Villaça tem uma história em mãos que não tem gênero, que pode caber para qualquer pessoa, mas, trabalha especificamente com homens da terceira idade, o que é louvável.

Histórias que conversam com personagens mais idosos, estão ficando mais constantes, e quando isso acontece de forma tão leve e engraçada, (sim, o filme te faz rir em vários momentos) é um presente.

“45 do Segundo Tempo” é uma dramédia, assim como tem seus momentos engraçados, em outros, ela nos leva às lágrimas, e isso se deve principalmente ao trabalho de Tony Ramos, que traz uma sinceridade enorme ao personagem Pedro, que de repente se vê perdido, inútil, em uma crise existencial enorme, frente à realidade de seus amigos.

Porém, a história mostra também que as aparências enganam, e ele, junto de seus novos velhos amigos percorrerá um caminho de conhecimentos e interpretações.

O elenco do filme está bem entrosado, e consegue assim, entregar muita verdade, o que nos coloca dentro da história de uma forma emocionante.

“45 do Segundo Tempo” nos faz questionar algumas coisas, como por exemplo: Você já imaginou em reencontrar seus amigos de infância? Já imaginou por qual caminho, cada um deles seguiu? Será que são felizes? Será que suportam as consequências de suas escolhas?

Sim, “45 do Segundo Tempo” nos faz muito bem, e eu super recomendo!

 

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