Filme Brasileiro é premiado na Califórnia

CINEBIOGRAFIA DE UÝRA SODOMA FOI PREMIADO COMO MELHOR LONGA METRAGEM DOCUMENTAL NO MAIS IMPORTANTE FESTIVAL LGBTQIAP+ DO MUNDO. 

Longa brasileiro dirigido por Juliana Curi  recebeu o prêmio no 46th Frameline International Film Festival que aconteceu na Califórnia no início de junho.

“Uýra - A Retomada da Floresta”,  dirigido por Juliana Curi e escrito por Martina Sönksen e Uýra Sodoma, fez sua estreia mundial dia 22 de junho, no 46th Frameline International Film Festival, o mais importante Festival LGBTQIA+ do mundo.  

Após sessões com ingressos esgotados e uma calorosa recepção do público do festival, o filme recebeu o Frameline Amazon Audience Award Winner que é o Prêmio de Melhor Longa Metragem escolhido pelo público.   

O filme segue sua trajetória de sucesso por festivais internacionais com o anúncio da seleção para o 40º Outfest Los Angeles LGBTQ+ Film Festival, que acontece presencialmente de 14 a 24 de julho em Los Angeles.  

A exibição do filme acontecerá no dia 23 de julho no Directors Guild of America Theater em Hollywood. 

A cinebiografia acompanha Uýra, entidade híbrida amazônica vivida pelo artista trans indígena e biólogo Emerson Pontes, que viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta usando arte performática para ensinar jovens indígenas e ribeirinhos que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica.

O longa traz a participação de artistas, ativistas e lideranças indígenas como Zahy Guajajara e a liderança Kambeba Dona Babá, além das performances de Uýra que são uma metáfora inspirada no ciclo ecológico e espelha as lutas sociais. 

“Uýra - A Retomada da Floresta” é uma coprodução Brasil e Estados Unidos, tem direção de Juliana Curi e produção de Uýra Sodoma, João Henrique Kurtz, Lívia Cheibub e Martina Sönksen, com distribuição da Olhar Distribuição, tem estreia comercial prevista para o 2º semestre de 2022.

 

Sobre a diretora

Juliana Curi é diretora, roteirista e artista visual brasileira.

Influenciada pelo Cinema Novo e com uma forte formação em jornalismo, iniciou sua carreira no departamento de criação da MTV Brasil desenvolvendo campanhas de impacto sociocultural sobre Justiça Climática, HIV e Movimentos Micropolíticos direcionada para a juventude brasileira. 

Desde então Juliana foi premiada pela ONU Mulheres com a campanha da P&G que visa derrubar estereótipos de gênero na América Latina, foi premiada com o  2021 Bric Brooklyn Film+TV Resident, assina o filme-manifesto Estereótipos para lançar More Grls, a primeira plataforma para talentos femininos no Brasil que visa combater a desigualdade de gênero, e assina as exposições Pink Intervention (Galeria Spotte Art NY, Artsy) e A Batalha do Corpo (Centro Cultural São Paulo). 

Vive atualmente nos Estados Unidos, é fundadora do projeto de inclusão audiovisual EUETU Lab e assina o roteiro, direção e produção do longa-metragem UYRA - A Retomada da Floresta, que conta com os selos de desenvolvimento do Doc Society -Climate Story Unit e BRIC Brooklyn. O longa teve seu trailer exibido na abertura do Brasil na COP 26 e tem estreia prevista para 2022.

Instagram: @julianacuri

 

Sobre Uýra

Uýra Sodoma é uma “entidade híbrida” criada e performada pelo artista indígena residente em Manaus, Emerson Pontes (Santarém, Pará, 1991). Utilizando seu corpo como suporte e trânsito coletivo ao unir elementos orgânicos em suas montações, Emerson expressa através de Uýra – uma “árvore que anda”, como nomeia – a imbricação entre sabedorias ancestrais e conhecimentos científicos da ecologia, gerando imagens que nos convocam a olharmos as florestas presentes em toda a paisagem urbana e a repensarmos arraigadas noções de “natureza”. Nesse fluxo, tem atuado correlativamente nos últimos 6 anos como biólogo, Arte educador e artista visual. Suas performances, fotoperformances, falas, intervenções e instalações também imbricam as causas de preservação ambiental e direitos LGBTQIA+, que o artista também coletiviza em seu corpo. Destacando-se nos campos das artes e da moda – teve participações no Salão Arte Pará (2019), na VII Edição do Prêmio EDP nas Artes do Instituto Tomie Ohtake (2020), estampou a capa “Esperança” da Vogue Brasil (2020), foi destaque na última 34º Bienal de São Paulo (2021), além de atividades programadas em 2022, como a Bienal MANIFESTA!, na Sérvia, e apresentação de performance em Nova York, ambas no próximo mês de Julho. É um dos expoentes da AIC, Arte Indígena Contemporânea, sigla que artistas e intelectuais indígenas têm utilizado em contraponto ao chavão “Arte Contemporânea Indígena”, com o qual o sistema da arte impõe o adjetivo contemporâneo, marcador de mercado, à frente do ser indígena.  

Instagram: @uyrasodoma

 

Ficha Técnica

“Uýra - Retomada da Floresta”

2022 | Documentário | Brasil/EUA| 70”

Direção: Juliana Curi, Roteiro: Juliana Curi e Martina Sönksen, Produção: Azores Filmes & Mama Wolf, Produzido por: João Henrique Kurtz, Juliana Curi, Lívia Cheibub, Martina Sönksen e Uýra Sodoma/Emerson Pontes. 

Sinopse: Uýra, artista trans indígena viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta usando arte performática para ensinar jovens indígenas e ribeirinhos que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica.


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