Crítica Filme "O Telefone Preto" por Rita Vaz

 


Estreia nesta quinta-feira, o filme “O Telefone Preto” que é produzido, dirigido e coescrito por Scott Derrickson (A Entidade, O Exorcismo de Emily Rose e Doutor Estranho da Marvel), que retorna às suas raízes, com esse novo thriller de suspense.

Na trama, em 1978, uma série de sequestros estão acontecendo na cidade de Denver, nos Estados Unidos, onde um serial killer, conhecido como “Grabbler” tem como alvo meninos de um mesmo bairro.

Depois de alguns desaparecimentos, é Finney Shaw, um menino tímido e inteligente, de 13 anos que é sequestrado. Quando ele acorda, se vê em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto desconectado, em uma das paredes.

Ele é repetidamente provocado pelo sequestrador que sempre aparece mascarado, e que tenta colocá-lo em um jogo sórdido deixando-o apavorado.

Porém, quando algo inexplicável acontece, o telefone preto toca, o garoto entende que consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino, e elas tentam evitar que Finney sofra o mesmo destino que elas.

Enquanto isso, sua irmã Gwen tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar e corre contra o tempo para tentar ajudar os detetives Wright e Miller a ajudar o irmão.

Finney tenta de todas as formas escapar, mas, sempre falha, e passa a contar com a ajuda das vítimas do serial killer que falam sobre um plano que finalmente poderia leva-lo à liberdade.

Baseado em um conto escrito por Joe Hill, filho de Stephen King, “O Telefone Preto” é um thriller de suspense/terror que provoca sustos na plateia, além de mesclar dois tipos de histórias que provocam medo, a trama do sequestrador sádico e o sobrenatural.

O diretor Derrickson acerta precisamente, ao iniciar a história falando da vida familiar de Finney, que já perdeu a mãe, tem um pai alcoólatra e violento, tem uma irmã companheira, e uma vida típica escolar, onde interesses amorosos juvenis despontam e onde o bullying severo acontece.

Esses elementos todos nos fazem criar uma simpatia com os irmãos, que já precisam lidar com perdas e violência dentro de casa e dentro da escola.

Desde esse início, o diretor consegue criar uma ansiedade, uma expectativa que cresce, gerando uma atmosfera de suspense que tem seu clímax na última parte da história.

Só para se ter uma ideia, por mais que a gente saiba que o sequestro vai acontecer, quando ele acontece, torcemos muito para que o menino escape de alguma forma, naquele exato momento, e isso é muito legal em um filme, pois, você quer ajudar o personagem e mudar a história, mesmo antes dela acontecer.

O diretor contou também com um elenco de tirar o chapéu. Ethan Hawke (quatro vezes indicado ao Oscar) entrega um assassino assustador e bem construído, e apesar de não conhecermos sua história pregressa, ele consegue fazer com que temamos o seu aparecimento.

O ator Mason Thames (o Finney) tem muito carisma e parece ter nascido para esse papel, tanto quanto a atriz Madeleine McGraw que também está ótima como Gwen, os dois transbordam cumplicidade.

“O Telefone Preto” como já falei acima, é um thriller de suspense com alguns jump scares, portanto, se você for ao cinema achando que vai assistir a um filme de terror clássico, vai se desapontar.

Porém se você tiver consciência de que essa história é um clássico do estilo Stephen King, aí sim, você vai gostar muito da história e se divertir prá valer.

 

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