Primeira popstar do rock nacional, a
cantora Celly Campello é o centro do filme UM BROTO LEGAL, que narra
sua trajetória rumo ao sucesso transformando-se, ao lado do irmão, Tony
Campello, num ícone cultural brasileiro. Com direção de Luiz Alberto Pereira
(“Tapete Vermelho”, “Hans Staden”), o longa chega aos cinemas nesta
quinta-feira, dia 16 de junho, nas cidades de São Paulo, Rio de
Janeiro, Jundiaí, Taubaté, Natal, Belém, Porto Alegre, João Pessoa, Cotia,
Manaus, Vitória, Recife, Aracaju, Brasília, Belo Horizonte e Pindamonhangaba,
com distribuição da Pandora Filmes. Famosa com músicas como Banho de Lua e
Túnel do Amor, entre outras, Celly é interpretada por Marianna Alexandre, que
faz sua estreia no cinema em grande estilo, como a jovem aspirante a cantora,
no interior de São Paulo, que conquista o país com sua bela voz e jeito
moderno. “Apesar de
termos feito testes com várias outras candidatas ao papel, no momento em que
a Marianna tocou Estupido Cupido no piano cantando com sua voz afinada, ela
ganhou o papel. E o principal no caso nem seria a voz mas o ouvido. Era
importante que a personagem tivesse um dom musical e isso a Marianna tem de
sobra, o que facilitou as filmagens quando, por exemplo, ela canta Banho de
Lua em um show para um auditório lotado, sobre o playback devidamente
preparado”, conta o diretor. Pereira conta que acompanhou a trajetória
de Celly, pois moravam na mesma cidade, em Taubaté, embora nunca tivessem se
encontrado pessoalmente, por que ele era muito criança. Mas sua irmã mais
velha e as amigas eram fãs entusiasmadas da cantora, e ele aponta a
importância de Celly para “o
nascimento do que poderíamos chamar de ‘música jovem’. Era a
chegada do rock’n’roll ao Brasil e Pereira ficava admirado com toda aquela
agitação em torno da Celly. “Achava
aquilo tudo uma loucura”. Sem dúvida isso foi uma das motivações
que o levou a realizar o filme. Celly morreu em 2003, mas o filme conta com
uma consultoria muito especial: seu irmão mais velho Tony Campello, que, aos
85 anos, se envolveu com o projeto e partilhou várias histórias que serviram
de base no roteiro. “Além
das informações, ele sempre gostou de guardar as recordações e me mostrou
fotos, discos, prêmios da Celly e dele, que acabaram sendo alguns desses
objetos utilizados no filme. Foi importantíssima a participação dele.”.
Em UM BROTO LEGAL,
o cantor é interpretado por Murilo Armacollo, definido, pelo diretor, como “outro achado maravilhoso.” O elenco ainda inclui: Danillo Franccesco,
como Eduardo, namorado de Celly; Paulo Goulart Filho e Martha Meola, como os
pais de Celly e Tony; Petrônio Gontijo, como o produtor que descobre os
irmãos e os torna famosos; Felipe Folgosi, como o diretor da gravadora;
Claudio Fontana, como o divulgador da gravadora e Carlos Meceni como o
diretor artístico. Além das conversas com Tony, para criar o
longa, o diretor e roteirista recorreu a várias fontes como jornais e
revistas da época, além de depoimentos da própria Celly depositados no Museu
da Imagem e do Som (SP). “E
um fato interessante é que não existia ainda o vídeo tape e na pesquisa não
consegui imagens em movimento da Celly quando cantava seus grandes sucessos.
Por exemplo, o Programa Crush in Hi Fi da TV Record, primeiro programa
direcionado à juventude (com extraordinária audiência) só consegui visualizar
através de fotos que serviram de referência para a construção dos cenários.” O roteiro é assinado por Pereira e Dimas de
Oliveira Jr, que chegou a conhecer Celly, inclusive pessoalmente e a assistir
a shows dela, e, segundo o diretor, o grande desafio no longa foi conseguir
criar o clima de época, tanto do comportamento do elenco quanto da
similaridade dos objetos e locações. Por conta da experiência na realização
de ‘Hans Staden’ (2000), o diretor sabe da importância dos detalhes na
construção de um filme de época, e levou essa experiência para UM BROTO LEGAL,
o que faz uma grande diferença no valor de produção visto em tela. Por se tratar de um Filme de época que se
passa no final dos anos 50 e início dos 60, UM BROTO LEGAL tem muito a
mostrar para a juventude atual sobre a música e os costumes no Brasil. “O filme mostra como uma figura meiga
e sincera a partir dos seus 16 anos conquista o país e se torna a
‘namoradinha do Brasil’. Acho que o publico jovem de hoje em dia tem muito a
aprender com a Celly ao perceber suas atitudes frente às solicitações que
naquela época marcaram sua vida, podendo comparar o passado e o presente e se
preparar para sua vida no Brasil de hoje.” |
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Ficha Técnica Direção: Luiz Alberto Pereira Roteiro: Luiz Alberto Pereira e Dimas Oliveira Jr Produção: Ronald Kashima, Diana Landgraf Pereira,
Luiz Alberto Pereira Elenco: Marianna Alexandre, Murilo Armacollo,
Danillo Franccesco, Paulo Goulart Filho, Martha Meola, Petrônio Gontijo,
Felipe Folgosi, Claudio Fontana, Carlos Meceni Direção
de Fotografia: Uli
Burtin, ABC Direção
de Arte: Glauce
Queiroz Montagem: Jr Carone Gênero: drama, biografia, musical País: Brasil Ano: 2022 Duração: 94 min. Sobre o
diretor Luiz Alberto Pereira Formado em Cinema pela Escola de
Comunicações e Artes da USP desde 1978, já trabalhou como ator cinegrafista,
diretor, roteirista e produtor. Como cineasta tem em seu currículo os longas:
“Um broto legal” (2022), “As doze estrelas” (2011), “Tapete Vermelho” (2016);
“Hans Staden” (1999); “Os 7 sacramentos de Canudos” (1995); “O Efeito Ilha”
(1994); e “Jânio a 24 Quadros”. Seus filmes já foram exibido e premiados em
Festivais como Brasília, Gramado, Recife, Paulínia, Riverside (EUA), Biarritz
(França), Festival do Filme Latino (Londres), entre outros. Entre 1990 e
1992, foi presidente Apaci- Associação Paulista de Cineastas. |
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