A
mostra Ecos de 1922 -
Modernismo no Cinema Brasileiro chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
para provocar o presente e projetar novos futuros - a retrospectiva já passou
pelas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Com patrocínio do Banco do Brasil
e incentivo da Lei Rouanet, a maior retrospectiva cinematográfica já feita
sobre o tema, em cartaz até o dia 8 de maio, conta com filmes raros em 35mm e
16mm, e aborda o centenário da Semana de Arte Moderna de forma atual, trazendo
um pensamento crítico sobre seu legado na cultura e, especialmente, no cinema
brasileiro.
A mostra está em cartaz no Cine CCBB, espaço
dedicado à sétima arte no CCBB Brasília, que recebe, anualmente, mostras de
filmes nacionais e internacionais com grandes nomes do cinema como Scorsese,
Spike Lee, Tarantino, Robert De Niro, Tim Burton, irmãos Lumière, entre outros.
O espaço também recebe festivais nacionais como o Anima Mundi, Festival Assim
Vivemos e o Cinema Urbana. O Banco do Brasil incentiva a cultura no país desde
1989, com a criação do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, e ao
longo de mais de 20 anos, o CCBB Brasília promove projetos nas áreas de artes
plásticas e cênicas, música, cinema, ideias e arte-educação, com programação de
qualidade, diversa e plural. Recebemos centenas de milhares de visitantes
anualmente e figuramos entre as instituições culturais mais visitadas do país e
um dos principais aparelhos culturais do Brasil e do mundo.
Ecos de 1922 traz, aproximadamente, 50
filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, num vasto recorte geográfico,
temporal e conceitual, que vai de 1922 a 2021, de Roraima ao Paraná. Com
curadoria de Aïcha Barat, Diogo Cavour e Feiga Fiszon, as obras escolhidas são
atravessadas pelo pensamento dos intelectuais paulistas, como Oswald de Andrade
e Mário de Andrade, mas também pensadores e artistas indígenas contemporâneos,
como Jaider Esbell e Denilson Baniwa.
“O cinema modernista propriamente dito
não existe. Não há um cinema contemporâneo a 1922 feito nos moldes modernistas
ou que se reivindique como tal. Talvez o maior impasse de uma mostra de cinema
que aborda os ecos de 1922 seja justamente que não houve modernismo per se no
cinema. Longe de querer fechar um recorte numa única abordagem do tema, mas o
mais importante é que a mostra chega para lançar questionamentos, abrir
frentes, disparar provocações”, explica a curadora Aïcha Barat.
Entre os debates presenciais, está
"Modernismo e Cinema Marginal", no dia 23 de abril, às 18h15. O papo,
que será mediado por Glênis Cardoso, conta com João Lanari, professor de cinema
da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), e Lila Foster,
pesquisadora, curadora e preservacionista audiovisual. No dia 06 de maio, às
18h, o espaço também recebe o debate “Modernismo e Cinema Novo”, com os
professores Pablo Gonçalo e Erika Bauer - a mediação é do curador Diogo
Cavour.
Já a programação online, que pode ser
assistida no YouTube da Lúdica Produções, começa no dia 25 de abril, às 19h,
com a palestra “Modernismo e os primórdios do cinema brasileiro
1898-1933", ministrada por Hernani Heffner, professor, pesquisador e
conservador-chefe da Cinemateca do MAM-RJ. No dia 2 de maio, às 19h, é a vez de
um papo virtual sobre "Modernismo e cinema brasileiro entre os anos 1930 e
1950", com o pesquisador e professor Luís Alberto Rocha Melo e o crítico e
professor Pedro Henrique Ferreira, com mediação de Laura Batitucci.
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