A ILHA DE BERGMAN, estreia nos cinemas nesta quinta-feira, dia 24 de
fevereiro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife,
Vitória, Brasília, Belo Horizonte e Niterói. Sobre o filme O filme, que fez sua estreia em Cannes, e
foi rodado na ilha de Fårö, no Mar Báltico, próxima à Suécia, onde Bergman se
estabeleceu até sua morte em 2007, e que serviu de cenário para alguns de
seus longas, como, “A hora do lobo”, “Vergonha” e “Persona”. “Existem duas Fårö: aquela dos
filmes de Bergman e aquela que você descobre quando chega lá. Se a Fårö que a
gente descobre fosse exatamente igual àquela dos filmes dele, eu
provavelmente não encontraria um espaço para mim mesma. Fårö sempre terá a
presença dele. E como existem essas duas variações, se tornou muito
empolgante para mim”, disse a cineasta em entrevista ao The
Playlist. No filme, um casal de cineastas, Chris
(Vicky Krieps, de “Trama Fantasma”) e Tony (Tim Roth), viaja à ilha, onde ele
participará de alguns eventos, enquanto ela tenta superar uma crise criativa,
e escrever um novo roteiro. Na medida em que o tempo passa, a fantasia e a
realidade se confunde. Visitando ruínas das filmagens de Bergman, a jovem
diretora conhece outras pessoas, e passa a imaginar um filme sobre uma jovem
(Mia Wasikowska), em Fårö, para uma cerimônia de casamento, acaba vivendo um
reencontro complicado com ex-namorado (Anders Danielsen Lie), com quem acaba
se envolvendo novamente. A diretora conta que, por causa da agenda
do elenco, teve de filmar a segunda parte do longa, o filme dentro do filme,
primeiro, e isso acabou sendo estranho, mas bastante proveitoso. “As imagens e a parte do longa já
editada me ajudaram a pensar como seria a metade anterior. Como houve um
intervalo longo entre as duas filmagens, acabei tendo mais tempo para maturar
como queria fazer. Porém, a estrutura das cenas continuou a mesma.” Filmando numa língua que não é sua, inglês,
Hansen-Løve conta que deu mais liberdade aos atores e atrizes para trabalhar
as falas. “Nunca confiei
tanto no elenco como nesse filme, e eles me ajudaram muito com os diálogos.
Tanto Vicky quanto Tim se apropriaram das falas, mudaram coisas para soarem
mais naturais, como um americano diria. Como não falo inglês tão bem quanto
eles, tinha que confiar neles em se tratando da língua, e eu adorei isso: dar
liberdade”. A diretora também confessa que a maneira
como faz seus filmes é bastante intuitiva. “Eu escrevo um filme, e vejo depois o que significa. Claro
que o sentido está ali, desde o começo. Tenho ideias que sei que serão usadas
num filme aqui e ali, mas, inicialmente, quando escrevo, são uma série de
impressões e ideias conectadas umas com as outras. Eu procuro um certo fluxo
e fluidez. E isso não é sempre racional ou consciente. O sentido e o motivo
do que estou fazendo – a intenção geral – é algo que percebo mais tarde,
quando analiso e converso sobre o material.” Desde sua estreia mundial, na competição do
Festival de Cannes de 2021, A
ILHA DE BERGMAN só tem recebido elogios. “O filme é um jogo de cinefilia
feito com muita sinceridade e inteligência”, escreve Owen
Gleiberman, na Variety. “O
filme é uma ode à liberdade da artista mulher que deve buscar inspiração e
substância onde ela quiser”, conclui Jon Frosch, da Hollywood
Reporter. A ILHA DE BERGMAN será
lançado no Brasil pela Pandora. |
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