16ª edição do FESTIVAL DE CINEMA ITALIANO acontece em novembro

 

O 16º FESTIVAL DE CINEMA ITALIANO traz mais uma vez para o público do país inteiro o melhor do cinema italiano. Neste ano, o Festival retoma as sessões presenciais em sala de cinema, sem renunciar ao formato online, que fez tanto sucesso na edição de 2020. O evento, um dos mais importantes na agenda cultural de São Paulo, será presencial entre 05 e 12 de novembro com exibição de 16 longas inéditos no país. O formato online, acontecerá de 05 de novembro até 05 de dezembro, através do site do Festival, com uma seleção de 16 filmes inéditos e 16 clássicos, este último uma retrospectiva “As mais belas trilhas sonoras do cinema italiano”. As  sessões serão gratuitas. A abertura, desta vez apenas para convidados, acontecerá no Auditório Oscar Niemeyer, no Parque Ibirapuera (SP).

A mostra de filmes contemporâneos conta com trabalhos de veteranos, como Pupi Avati (“Ela ainda fala comigo”), e jovens estreantes, como Stefano Sardo (“Uma relação). Os 16 filmes transitam em temas e gêneros, abordando questões como relações familiares, como “Deixe-me ir”,  de Stefano Mordini, protagonizado pelos astros Stefano Accorsi e Valeria Golino, até releituras de personagens clássicos, como “Todos por 1 – 1 Por Todos”, que retoma os famosos mosqueteiros de Dumas, numa versão cômica, e trazendo Pierfrancesco Favino e Margherita Buy, no elenco. Também faz parte do festival “Com todo o coração”, de Vincenzo Salemm, um dos filmes mais vistos na Itália este ano. Os longas inéditos concorrem ao Prêmio Pirelli, concedido ao filme mais visto pelo público.

O cinema de gênero também está no festival, como o apocalíptico “A terra dos filhos”, dirigido por Claudio Cupellini, a partir da famosa HQ homônima de Gian Alfonso Pacinotti, um dos principais quadrinhistas italianos; o documentário “As coisas que restam”, de Giorgio Verdelli, sobre o músico Ezio Bosso; e o suspense dramático “Ar Parado”, de Leonardo Di Costanzo, protagonizado por Toni Servillo, Silvio Orlando.

A nossa escolha se baseia em parte nos filmes que são apresentados em grandes festivais internacionais, e principalmente nos Festivais de Veneza e de Roma, que são um fio condutor da cinematografia italiana. Também procuramos por filmes que nunca chegariam em grandes festivais no Brasil, mas que contenham uma história autêntica, que de alguma forma nos tragam reflexão ou nos façam rir de situações inusitadas, onde a arte imita a vida ou possivelmente o exato contrário”, explica Erica Bernardini, curadora e diretora do festival, ao lado de Nico Rossini, que também é Diretor da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira, que promove o 16º FESTIVAL DE CINEMA ITALIANO.

Já a retrospectiva exclusivamente online “As mais belas trilhas sonoras do cinema italiano” permitirá ao público de todo o país (re)visitar filmes e trilhas que se tornaram clássicas, compostas por Ennio Morricone, Nino Rota, Nicola Piovani, Ritz Ortolani, Andre Guerra, Valerio Vigilar e Piero Piccioni. O destaque da seleção deste segmento são obras de mestres como Federico Fellini (“Os Palhaços”), Sergio Leone (“Era uma vez na América”), Dario Argento (“O Pássaro das Plumas de Cristal), Lina Wertmüller (“Mimi, O Metalúrgico” e “Amor e Anarquia”), e Damiano Damiani (“Advertência”).

Para compor a seleção dessa retrospectiva, Rossini e Bernardini tiveram acesso aos arquivos da Cineteca Nacional Italiana, e, a partir de lá, fizeram a curadoria. “Não existe uma classificação entre Ennio Morricone, cinco vezes indicado ao Oscar, e, enfim, premiado no 2007 pelo conjunto das suas obras, ou Nino Rota,o compositor preferido por Federico Fellini, ou os menos conhecidos, mas igualmente importantes, como Nicola Piovani, Ritz Ortolani, Piero Piccioni”, explica Rossini.

Com esta quantidade de músicos tão importantes e a dificuldade de escolher, decidimos cruzar as trilhas sonoras com os melhores filmes. Avaliamos a importância dos diretores, dos atores, dos prêmios que os filmes ganharam não só pelas trilhas sonoras, mas pelas qualidades intrínsecas. E ficamos muito surpresos, positivamente, de ver quanto os filmes de duas até três décadas atrás são atuais, como suas temáticas se aplicam perfeitamente com os tempos que estamos vivendo, as ansiedades, os sonhos, as dificuldades diárias, o sentido da vida”, conclui.

Rossini ressalta que fazer um festival híbrido, com sessões presenciais e online, é um desafio, principalmente técnico e comercial, mas a satisfação está em “ ter conseguido um lugar neste novo, para nós, mundo, e de poder disponibilizar os mais belos filmes italianos, grátis, a todo os Brasileiros direto na casa deles.”

A dupla conta que as escolhas para a curadoria nem sempre são fáceis, mas “as fizemos com o máximo de cuidado e com a grande paixão que todos nós sentimos pelo Cinema. Deixamos agora o público julgar esta nossa escolha com a esperança que gostem e que se emocionem como nos emocionamos em ver e rever os filmes.”

 

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