Wagner Moura,
protagonista e produtor do filme “Sergio”, é o entrevistado do “Cinejornal”,
que vai ao ar no Canal Brasil em duas partes: terça, dia 14, às 23h50, e
sábado, 18, às 17h. Direto de Los Angeles, onde mora atualmente, ele fala com
Simone Zuccolotto pela internet sobre seu novo longa, que resgata os últimos
dias de vida do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, alto-comissário da
Organização das Nações Unidas (ONU), morto aos 55 anos em Bagdá, vítima de um
ataque terrorista na sede local da instituição em 2003. A estreia da
cinebiografia está marcada para 17 de abril, na Netflix.
Em um papo
exclusivo com o programa, o ator comenta a importância da cinebiografia em sua
carreira: “Sergio é mais que um filme. É um projeto ambicioso meu, que é:
produzir o que me interessa, o que quero fazer. Eu quero falar de nomes
relevantes da América Latina, inseridos em contextos reveladores. Sergio foi o
primeiro projeto nessa linha. E temos grandes nomes, né”?, diz Moura, que
contracena com atores como Ana de Armas, Garret Dillahunt, Brían F. O'Byrne,
Will Dalton, Clemens Schick e Bradley Whitford. A superprodução é dirigida por
Greg Barker e tem roteiro assinado por Craig Borten.
Sérgio Vieira de
Mello foi assassinado por conta de sua atuação em defesa dos direitos humanos
em um atentado reivindicado pela Al-Qaeda e, no filme, é lembrado como o
oficial mais poderoso na história da ONU, com o posto diplomático mais alto já
ocupado por um brasileiro: “É um filme sobre empatia e sobre um homem que
dedicou sua vida à luta pelos direitos humanos", define o ator.
Na conversa com
Simone Zuccolotto, Wagner Moura fala ainda sobre a pandemia de Covid-19 e
avalia como a doença está afetando tudo e todos mundialmente: “Esse momento mostrou
toda a fragilidade dos líderes mundiais diante de uma crise como a que estamos
passando. Essa crise vai aumentar a desigualdade social e econômica no mundo. O
momento é de olhar para dentro e refletir como vai ser a vida pós-corona. Vai
ser diferente". Ele conta também como está a rotina com a família em Los
Angeles: “Estamos bem aqui, a onda está muito boa em casa. Estamos juntos,
acompanhando de perto os estudos das crianças. Estou lendo bastante, assistindo
alguns filmes e séries antigos com a família. A primeira coisa que a gente vai
fazer quando tudo isso passar é voar pra Bahia", diz.
O próximo projeto
de Wagner para as telonas é “Marighella”, seu primeiro trabalho na direção.
Aplaudido de pé no Festival de Berlim, o longa seria lançado dia 14 de maio,
mas com o mercado cinematográfico em pausa por conta do coronavírus, a data
será, mais uma vez, alterada: “Foi muito frustrante não lançar o filme em
novembro de 2019 por causa do Governo. Eu poderia lançar na internet, mas não
quero, meu filme vai estrear nos cinemas e tenho certeza de que vai ser muito
bem aceito.” E complementa: “O audiovisual brasileiro já estava parado antes da
pandemia. A arte é um remédio mental e espiritual", conclui.
CINEJORNAL
Entrevista com Wagner Moura
Sábado, 18 de
abril, às 17h
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