A Abraccine -
Associação Brasileira de Críticos de Cinema anunciou hoje (11), os vencedores
dos Prêmio Abraccine 2019. Num ano em que o debate político ditou o ritmo das
discussões no Brasil e no mundo, três filmes que tratam de questões sociais e
da luta de classes foram eleitos como os melhores do ano. Bacurau, de
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e Parasita, de Bong Joon-ho,
ganharam, respectivamente, os prêmios de melhor longa-metragem brasileiro e
melhor longa-metragem estrangeiro do Prêmio Abraccine. Completando a lista, Sete
Anos em Maio, de Affonso Uchôa, foi o escolhido da associação na categoria
de melhor curta-metragem brasileiro, que engloba também os médias-metragens.
Durante quase um mês,
a associação, formada por mais de 100 críticos de cinema de todo o país,
analisou todos os filmes lançados em circuito nos cinemas brasileiros ao longo
de 2019, além das principais estreias em streaming e VOD no mesmo
período. Pela primeira vez desde que o Prêmio Abraccine foi criado, em 2011, a
associação anuncia não apenas o vencedor, mas os dez filmes mais bem avaliados
em cada um dos quesitos. Uma comissão formada por integrantes da associação
ativos na cobertura e curadoria de festivais de cinema selecionou os finalistas
à categoria de curta-metragem.
Bacurau, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de
Cannes, é o terceiro filme assinado por Kleber Mendonça Filho a vencer entre os
longas brasileiros. O diretor já tinha ganho este prêmio por O Som ao Redor
e Aquarius. Parasita, que venceu a Palma de Ouro em Cannes e que
acaba de fazer história no Oscar, levando os prêmios de melhor filme, direção,
roteiro original e filme internacional, não é apenas o primeiro longa de Bong
Joon-ho premiado pela associação, como é o primeiro filme sul-coreano a vencer
na categoria de longas estrangeiros. O diretor de Sete Anos em Maio,
Affonso Uchôa, já havia sido premiado no ano passado pelo longa Arábia,
codirigido por João Dumans.
Entre os longas brasileiros
que formam o Top 10 da Abraccine está o documentário indicado ao Oscar, Democracia
em Vertigem, e nosso representante na categoria de filme internacional da
premiação da Academia de Hollywood, A Vida Invisível. A lista de
estrangeiros inclui os novos trabalhos de Pedro Almodóvar e Martin Scorsese e
os vencedores dos Festivais de Berlim, Synonymes, e Veneza, Coringa.
Entre os curtas, destaques para vários títulos que tratam de questões sociais,
femininas, de etnia e identidade de gênero.
LONGA-METRAGEM
BRASILEIRO
VENCEDOR:
Bacurau, Kleber
Mendonça Filho e Juliano Dornelles
COMPLETAM O TOP DEZ, EM ORDEM ALFABÉTICA:
Democracia em
Vertigem, Petra Costa
Deslembro, Flávia
Castro
Divino Amor, Gabriel
Mascaro
Estou Me Guardando
para Quando o Carnaval Chegar, Marcelo Gomes
Inferninho, Guto
Parente e Pedro Diógenes
No Coração do Mundo,
Gabriel Martins e Maurilio Martins
Los Silencios, Beatriz
Seigner
Temporada, André
Novais Oliveira
A Vida Invisível, Karim Aïnouz
LONGA-METRAGEM
ESTRANGEIRO
VENCEDOR:
Parasita, Bong Joon-ho
COMPLETAM O TOP DEZ,
EM ORDEM ALFABÉTICA:
Assunto de Família,
Hirokazu Koreeda
Coringa, Todd Phillips
Dor e Glória, Pedro
Almodóvar
Em Trânsito, Christian
Petzold
Era Uma Vez em
Hollywood, Quentin Tarantino
O Irlandês, Martin
Scorsese
Nós, Jordan Peele
O Paraíso Deve Ser
Aqui, Elia Suleiman
Synonymes, Nadav Lapid
CURTA-METRAGEM
BRASILEIRO
VENCEDOR:
Sete Anos em Maio,
Affonso Uchôa
COMPLETAM O TOP DEZ,
EM ORDEM ALFABÉTICA:
Carne, Camila Kater
Joderismo, Marcus
Curvelo
A Mulher que Sou,
Nathália Tereza
Negrum3, Diego Paulino
Quebramar, Cris Lyra
Swinguerra, Bárbara
Wagner e Benjamin de Burca
Tea for Two, Julia
Katharine
Teoria sobre um
Planeta Estranho, Marco Antonio Pereira
Tudo que é Apertado
Rasga, Fabio Rodrigues
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