Lois
tem 16 anos e um sonho: tornar-se astronauta. Uma questão física a angústia,
ela pesa 100 kg e com ódio de seu próprio corpo decide parar de comer. Essa
atitude extrema desencadeia uma série de complicações de saúde e a fazem ficar
internada em uma clínica, onde acaba conhecendo outras três garotas de sua
idade, com problemas igualmente graves. Uma forte amizade nasce e, juntas, elas
viverão uma jornada de transformação e amadurecimento.
Em
seu primeiro longa-metragem, Marie-Sophie Chambon aborda com delicadeza e
poesia questões que atravessam a adolescência. Desilusões, tristeza, auto
aceitação, amizade e sororidade são elementos que a diretora costura de forma
emocionante na trama.
A
origem da personagem está presente em dois curtas-metragens anteriores da
diretora "a personagem vem da minha própria experiência de infância,
pois minha mãe, que era muito sensível à aparência física, obrigava minha irmã
a fazer dieta desde muito jovem. Com o tempo, percebi que o corpo acima do peso
simboliza em si tudo o que não é permitido que uma mulher seja em nossa
sociedade. Supõe-se que as mulheres sejam símbolos do desejo, e sua
representação é principalmente concebida através do prisma do olhar masculino.
É o reflexo de uma sociedade de consumo em massa. Uma mulher curvilínea, para
mim, é uma figura que personifica a rebelião, uma figura política",
ela conta.
Lois
tem uma péssima relação com sua família e, principalmente, com sua mãe, que
também é obesa. Um fator de complicação em sua relação com o corpo. O
desejo da personagem é o de escapar de sua realidade, assim como suas amigas
que sonham em escapar do sofrimento. Sonhando com essa outra realidade Lois
abre uma porta para a fantasia e o lúdico. “Amo o cinema por esse motivo:
mesmo quando representa uma dura realidade, é possível introduzir graça através
da imaginação dos personagens. Dessa forma, é impossível diferenciar o que é
real ou não, pois o cinema nos dá a possibilidade de representar aquilo que nós
carregamos, a parte mais profunda de nós mesmos”, a diretora
complementa.
"100
quilos de estrelas" vai fundo na questão da inadequação através da
representação de quatro meninas que são “um pouco especiais" como elas se
definem. Stannah, presa na cadeira de rodas, Amélie, com sua anorexia, são,
como Lois, jovens em busca de alívio para o peso do que seus corpos
representam. Quanto a Justine, com seus problemas psicológicos, ela também
sonha em escapar, a fim de fugir da dureza do mundo.
O
longa será distribuído pela Espaço Filmes e tem data de estreia comercial
prevista para o primeiro semestre de 2020.
Serviço:
“100
Quilos de Estrelas” no Festival do Rio 2019
9/12
(segunda)/17h15, Estação Net Rio 1
13/12
(sexta)/16h30/Kinoplex São Luiz 1
15/12
(Domingo)/ 14h15/ Estação NET Ipanema 2
18/12
(Quarta)/ 19h/ Estação NET Gávea 1
Mais
informações sobre o Festival: http://www.festivaldorio.com.br/
Ficha
Técnica:
2019
| França |Comédia | 88 min.
Direção:
Marie-Sophie CHAMBON, Roteiro: Marie-Sophie CHAMBON, Anaïs CARPITA, Elenco:
Laure DUCHÊNE (Louis), Angèle METZGER (Amélie), Pauline SERIEYS (Stannah), Zoé
DE TARLÉ (Justine), Isabelle DE HERTOGH (Jocelyne), Philippe REBBOT (Jean-Luc).
Sinopse:
Lois
tem 16 anos e um sonho: tornar-se astronauta. Uma questão física a angústia,
ela pesa 100 kgs e com ódio de seu próprio corpo decide parar de comer. Essa
atitude extrema desencadeia uma série de complicações de saúde e a fazem ficar
internada em uma clínica, onde acaba conhecendo outras três garotas de sua
idade, com problemas igualmente graves. Uma forte amizade nasce e, juntas, elas
viverão uma jornada de transformação e amadurecimento.
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