O
Coringa é um vilão das histórias em quadrinhos, que foi criado na década de
1940 e é considerado o maior inimigo de Batman.
Isso
todo mundo sabe, mas, como essa pessoa se tornou em o Coringa, esse vilão
impiedoso, poucos sabem.
Existem
várias teorias, mas, é nas mãos do diretor Todd Phillips que temos a
possibilidade de assistir a uma das melhores delas, aliás, a um dos melhores
filmes do ano.
Com
uma introdução que mostra para o que veio, em uma das primeiras cenas do longa,
assistimos o ator Joaquin Phoenix em toda a sua intensidade, mostrando um
personagem denso, a ponto de explodir, e sem falar absolutamente nada, uma cena
de arrepiar.
Com
esse começo, somos introduzidos em um estudo de personagem, como há muito tempo
não acontecia.
Arthur
Fleck é um homem que vive em Gotham City, trabalha como palhaço fazendo
propagandas para lojas, mora com sua mãe, tem uma doença que o faz gargalhar
quando se sente oprimido, precisa conversar toda semana com uma agente social,
devido aos seus problemas psicológicos, deseja se tornar um comediante e é
considerado “estranho” pela maioria das pessoas.
Constantemente
ele é agredido verbalmente e fisicamente por todos à sua volta. Tem uma relação
infantil com sua mãe, que admira muito um determinado programa de televisão.
Apesar
de todos os aspectos negativos de sua vida, ele tenta se integrar à sociedade,
mas, sempre esbarra na violência e sarcasmo dos cidadãos.
E
é em um desses momentos que ele não suporta tanta emoção e mata três homens
dentro de um vagão de metrô.
Esse
episódio inicia um movimento popular contra a elite de Gotham City, que toma
proporções inimagináveis.
O
diretor Todd Phillips fez um filme intenso e insano como seu personagem
principal, muitas vezes não sabemos se estamos vendo a realidade ou a fantasia
do personagem.
Ele
é intenso porque consegue transmitir toda sorte de emoções que vem de todos os
personagens envolvidos, mas, com total foco em Arthur Fleck.
E
é insano porque consegue, através de suas lentes, transmitir a loucura e
insensatez de um personagem icônico, de forma admirável.
São
nos posicionamentos de câmera, nas cores primárias, na montagem, na trilha
sonora e no roteiro que temos a possibilidade de ver um filme profundo.
O
ator Joaquin Phoenix é forte candidato a ganhar o Oscar de Melhor Ator, dada a
sua entrega ao personagem. Além de ter emagrecido muito para o papel, e ter
inventado uma gargalhada assustadora, atua com trejeitos faciais e corporais
que há muito não víamos em um vilão desse porte.
Em
algumas cenas ele nos remete, facilmente, ao coringa das cartas de baralho,
tanto quanto pelo seu corpo, quanto pela sua dança.
“Coringa”
é um filme que tem algumas possibilidades de leitura, ele pode ser uma história
política, social, pessoal, com vieses financeiros, de abandono, de causa e efeito,
psicológica.
Não
importa qual leitura você fará, mas, é certo que esse filme vai fazer você
pensar e muito nas possibilidades que o cinema bem feito pode te proporcionar.
“Coringa”
é um dos melhores filmes do ano, tanto quanto cinema, quanto história de
personagem. Não percam, por nada!
Só
para lembrar, esse filme é para adultos, a classificação indicativa é para
maiores de 16 anos.
Título Original: Joker
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 2 horas e 02 minutos
Ano de Lançamento: 2019
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 2 horas e 02 minutos
Ano de Lançamento: 2019
Direção: Todd Phillips
Elenco: Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie
Beetz, Frances Conroy, Brett Cullen, Shea Whigham, Bill Camp, Douglas Rodge,
Dante Pereira-Olson.
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