Novo
filme de Karim Aïnouz, ‘A VIDA INVISÍVEL
DE EURÍDICE GUSMÃO’ acaba de ser selecionado para a
competição oficial do Festival de Cannes 2019, na mostra Un Certain Regard. O
longa, uma livre adaptação do romance “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de
Martha Batalha, é uma produção de Rodrigo Teixeira, da RT Features, em parceria
com a produtora alemã The Match Factory. As atrizes Carol Duarte e Júlia
Stockler interpretam as protagonistas do elenco, que traz ainda os atores
Gregório Duvivier, Barbara Santos e Maria Manoella. Fernanda Montenegro surge
em participação especial.
Esta é a segunda vez que um filme dirigido por Aïnouz e produzido por Teixeira
integra a seleção em Cannes. Em 2011, “O Abismo Prateado” teve sua estreia
mundial no festival, onde foi exibido na Quinzena dos Realizadores. “É uma
honra estar de volta na Seleção Oficial de Cannes, representando o Brasil e
dando continuidade à minha colaboração com o Rodrigo. Foi nesse mesmo Festival
que estreei, com Madame Satã, e poder estar de volta é Sublime.”, diz
Aïnouz.
A VIDA INVÍSIVEL DE EURIDICE GUSMÃO
é um melodrama tropical sobre a cumplicidade entre mulheres, uma crônica da
condição feminina no Rio de Janeiro dos anos 50, década marcada por um
conservadorismo profundo. “Estrear um A
VIDA INVISIVEL DE EURIDICE GUSMÃO em Cannes é uma alegria
indescritível. Um filme que fala sobre amor, sobre amizade e sobre questões tão
importantes para o Brasil de agora, colocando no centro das questões a condição
da mulher através de duas protagonistas interpretadas por atrizes brilhantes, é
sem dúvida uma grande realização.”, diz o produtor Rodrigo Teixeira.
•••
As irmãs Guida e Eurídice são como duas faces da mesma moeda – irmãs
apaixonadas, cúmplices, inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista
prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar e ter
uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado. Ao
retornar grávida, seis meses depois e sem namorado, o pai, um português
conservador, a expulsa de casa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas
para sempre e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas
fossem capazes de seguir suas vidas.
Durante a pesquisa para o roteiro, Aïnouz entrevistou várias senhoras entre 70
e 90 anos, perguntando sobre suas adolescências, as primeiras experiências
sexuais, o casamento e suas vidas privadas. Refletindo sobre o mundo hoje, a
partir destas histórias e das mulheres de sua própria família, Aïnouz
compreendeu a urgência de A VIDA INVÍSIVEL
DE EURÍDICE GUSMÃO como um filme que jogasse luz em tantas
vidas e histórias invisíveis, um filme necessário.
Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com Inés Bortagaray e o
próprio diretor, o longa foi rodado nos bairros da Tijuca, Santa Teresa,
Estácio e São Cristóvão, no Rio de Janeiro.
Quem assina a fotografia do filme é Hélène Louvart, que foi fotógrafa dos
longas Pina, de Wim Wenders, The Smell of Us, de Larry Clark; e As Praias de
Agnes, de Agnès Varda, e Lázaro Feliz, de Alice Rohwacher, entre outros. A VIDA INVÍSIVEL DE EURÍDICE GUSMÃO é
uma coprodução Brasil, com a Sony Pictures, Canal Brasil, e Alemanha com a
produtora Pola Pandora. A empresa alemã The Match Factory é responsável pelas
vendas internacionais.
Sinopse
Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis.
Ambas têm um sonho: uma, se tornar uma pianista profissional; a outra,
encontrar o amor verdadeiro. As duas são separadas pelo pai e forçadas a viver
distantes. Sozinhas, elas irão tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto
nunca desistem da esperança de se reencontrar.
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