Uma das maiores letras de Renato Russo é a base para um dos
filmes nacionais mais esperados do ano.
“Faroeste Caboclo”, apesar de não seguir fielmente a letra
da música, pega o que ela tem de melhor e nos presenteia com um “Romeu e
Julieta” brasiliense, ao som de clássicos do western, que tocam profundamente os
corações das pessoas.
No filme conhecemos João de Santo Cristo, um rapaz que
abandona a vida que levava no interior da Bahia e parte para Brasília em plena
efervescência do rock nacional dos anos 1980.
Com excelentes inserções de flashback, descobrimos que João
teve uma infância pobre, tinha uma pequena queda para o crime e viveu a
violência de ver seu pai assassinado.
Assim que é possível, João vinga a morte do pai iniciando aí
um caminho sem volta de uma saga triste e violenta.
Quando chega ao Planalto Central, João procura um primo
distante, Pablo, um homem que contrabandeia produtos e faz tráfico de drogas.
Apesar da habilidade com a marcenaria, João começa a traficar
com ele e em uma entrega de drogas mal sucedida ele se esconde em um edifício,
dentro do quarto de uma jovem chamada Maria Lúcia.
Ela é filha de um senador e parece ter uma vida sem graça e
vazia.
Os dois se apaixonam, mas o preconceito e a vida ilícita de
João são grandes obstáculos para que eles vivam juntos.
Jeremias, um playboy traficante é rival de João tanto nos
negócios quanto na disputa pelo amor de Maria Lúcia.
Os dois enfrentam muita violência por causa do seu amor e
apesar da intensidade do que sentem a vida não guardará um destino seguro para
eles.
Uma bela e triste história de amor com final trágico, mas
para muitos, feliz. Só vendo para entender. Recomendo!
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