Crítica Filme - "À Beira do Caminho"


O diretor Breno Silveira buscou inspiração nas músicas de Roberto Carlos para contar ao público a emocionante história de duas pessoas que não se conhecem, são parecidas, pois estão sozinhas no mundo, e são unidas pelo destino.
Uma delas é João, um homem amargo, que tem um passado misterioso e por causa dele, se tornou caminhoneiro e viaja pelas estradas do país, tentando em vão, fugir de seus fantasmas.
Em uma de suas viagens ele encontra um pequeno clandestino em seu caminhão, ele é Duda, um menino que perdeu a mãe, e está à procura de seu pai.
A única pista que ele tem, é uma antiga foto com um endereço em São Paulo deixada por seu pai antes mesmo dele nascer.
A princípio João não se comove com a história do menino e decide deixá-lo na próxima cidade que parar, mas a inocência da criança, a solidão de ambos, e a sensação mútua de que estão à beira de um caminho os unirá de uma forma nunca imaginada por eles.
“À Beira do Caminho” é um filme que fala da delicada natureza humana de se sentir culpado e rejeitado, mas fala também de companheirismo e amor, fala da necessidade de resgate que as pessoas têm.
O diretor também chama a atenção das pessoas a essa classe de trabalhadores que move a economia do país atrás de seus volantes e não tem o respeito e reconhecimento que merecem.
E como não poderia deixar de ser, as “frases de caminhão” estão lá, sempre dizendo alguma verdade global e mostrando o estado de espírito de João.
Um filme lindo, emocionante e com a trilha sonora embalada pelo rei Roberto Carlos. Recomendo!

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