A história do surgimento da humanidade contada pelos índios Kamayurá


Cansado de ser a única pessoa do mundo, Mavutsinim cria a humanidade a partir de toras de madeira enfeitadas por ele e fincadas no chão de árvores, dando origem à tribo Kamayurá que habita a região do Alto Xingu. Essa lenda, um dos inúmeros relatos orais presentes nas culturas indígenas da região, é reproduzida na vibrante obra Mavutsinim e o Kuarup, de Rosana Rios, lançamento de Edições SM. A obra integra a coleção Cantos do Mundo, que apresenta histórias, contos e lendas representativos de vários povos e etnias.
A história retrata como nasceu a cerimônia Kuarup, ritual de homenagem aos mortos celebrado pelos povos indígenas do Xingu. Ao enfeitar e fincar as toras na beira do lago, Mavutsinim espera até o amanhecer para que as madeiras comecem a ter vida e uma festa acontece entre os animais da floresta, transformando os peixes nos aldeões mais simples e as onças em povos vizinhos.
Quando percebe a existência da morte, ele resolve ressuscitar os que já se haviam ido, da mesma maneira que fez surgir os seres humanos pela primeira vez. Mas, a desobediência de um índio torna a ressurreição impossível e faz Mavutsinim declarar que, depois disso, o ritual seria apenas uma festa de homenagem. Nunca mais poderia reviver os mortos.
Com ilustrações que lembram arte em aquarela, pintadas por Rubens Matuk, o livro é único na forma de revelar a cultura indígena do Brasil para o público infantil, adequado a leitores iniciantes, a partir dos 6 anos. Para fortalecer o mito narrado por Rosana Rios, no final da publicação há curiosidades sobre as tribos que vivem no Alto Xingu. Sua alimentação, seu cotidiano e outros elementos de suas tradições se revelam nas páginas de Mavutsinim e o Kuarup.

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