O lirismo da poesia chinesa em tempos de Olimpíadas


Livro bilíngüe de poesia português-chinês, “Um barco remenda o mar”, da Martins, apresenta textos de dez poetas chineses contemporâneos traduzidos pela primeira vez no Brasil. A organização da obra é de Régis Bonvicino e Yao Feng.
Dotada de inúmeros contrastes culturais, a China passa a ser desvendada pelo Ocidente por meio das Olimpíadas de Beijing. Muitas dessas diferenças se deve ao processo recente de transição no qual o país deixa de ser um modelo meramente socialista para se tornar uma potência econômica.
Em meio a este cenário é possível encontrar poesia ¾ e das boas. Um barco remenda o mar reúne versos de dez poetas chineses, que inserem em seu conteúdo uma originalidade própria e única, em especial aos olhos brasileiros.
Os dez autores selecionados são Bei Dao, Yan Li, Yu Jian, Gu Cheng, Han Dong, Xi Chuan, Lu Weiping, Tian Yuan, Yu Xiang e, por último, Yao Feng, que organizou o livro juntamente com o poeta Régis Bonvicino ¾ um dos semifinalistas do prêmio Portugal Telecom de Literatura, por seu Página órfã.
A poesia contemporânea de Um braço remenda o mar é escrita de forma livre e em chinês veicular, sendo denominada “nova poesia”, justamente para distingui-la da poesia clássica chinesa, cujo auge se deu por volta da dinastia Tang (618-907). A nova poesia teve origem no Movimento Literário de 4 de Maio de 1920 e carrega em seu conteúdo uma linguagem mais descontraída e inovadora, um espaço para a reflexão e a denúncia social numa China pós-revolucionária e de crescimento acelerado.

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