Crítica Filme "A Lenda de Ochi" por Rita Vaz

Estreia nesta quinta-feira o filme “A Lenda de Ochi”, dirigido pelo cineasta Isaiah Saxon, que já dirigiu diversos clipes e curta metragens. Esse é seu primeiro longa.

Uma amizade inesperada floresce em meio às altas árvores e uma rivalidade antiga.

“A Lenda de Ochi” conta a história de uma garota chamada Yuri (Helena Zengel), que vive num vilarejo remoto e isolado na ilha de Carpathia.

Tímida e introvertida, Yuri cresceu com avisos de que nunca poderia sair após o anoitecer, criada para temer uma espécie reclusa da floresta conhecida como Ochi.

Sob o estigma de serem criaturas perigosas e malignas, piores do que lobos e ursos, os Ochi são continuamente caçados pelos moradores da vila com quem possuem um atrito ancestral.

Um dia, porém, enquanto acompanha seu pai Maxim (Willem Dafoe) numa dessas caçadas, Yuri esbarra com um Ochi bebê machucado e abandonado por sua matilha.

Decidida a devolver o pequeno de volta para sua família, a jovem embarca numa aventura cheia de obstáculos e ameaças pelas montanhas e caminhos tortuosos da ilha.

Ao se arriscar cada vez mais fundo dentro da floresta, ela descobre os segredos desse lugar, enfrenta desafios inimagináveis e aprende lições valiosas sobre o verdadeiro sentido da amizade, da coragem e a importância de proteger a natureza.

O diretor Isaiah Saxon, que também escreveu o roteiro, nos surpreende com um filme que nos transporta para os anos 1980, tanto pelas técnicas de filmagem, quanto pela história.

Primeiramente, o filme foi rodado na Romênia, o que já nos traz um cenário diferente do que estamos acostumados a ver, e é um cenário espetacular. Em segungo lugar, o filme trabalha com bonecos, o que por si só, já é uma nostalgia, pois hoje em dia, tudo é CGI, e são ainda muito bem feitos, entregando o que é proposto.

A história em si, é muito surpreendente, caminha por lugares que a gente não espera, e nos surpreende de uma forma muito boa.

O elenco é estrelado e chama a atenção, além de Helena Zengel, o diretor conta em cena com Finn Wolfhard, Emily Watson e Willem Dafoe.

O filme, apesar de seu mote de “lenda” de uma criatura fofa, não é indicado para crianças menores, pois, tem cenas fortes, de violência, que não devem fazer parte do mundo delas.

O longa também toca em assuntos que vão além das lendas, fala de relações familiares. De relações frias, abusivas, distantes, que ao caminhar, evoluem, modificam seus personagens.

Parece um clichê, e é, mas, de uma forma bastante diferente do que estamos acostumados a ver nos últimos tempos.

“A Lenda de Ochi” é um filme muito bom, peculiar, diferente e ao mesmo tempo nostálgico. Recomendo muito que você o assista.

 

Nenhum comentário:

Comédia dramática produzida no Paraná, “Alice Júnior", de Gil Baroni, volta ao catálogo da Netflix

Produção aborda um assunto social importante de forma leve e moderna, girando em torno de uma garota transexual que quer dar o primeiro beij...