O documentário Quando o Brasil Era Moderno, do diretor Fabiano Maciel e distribuído pela O2 Play, da O2 Filmes, terá sua estreia oficial na 30ª edição do festival É Tudo Verdade, um dos mais importantes eventos cinematográficos do país. O evento acontece entre os dias 3 e 13 de abril em São Paulo e no Rio de Janeiro, simultaneamente. Mais informações no site oficial.
Com produção da Ocean Films, Fabiano Maciel conta em Quando o Brasil Era Moderno como a arquitetura refletiu um século de disputas pelo poder político no País. A arquitetura brasileira foi uma das mais revolucionárias do século 20 e influenciou gerações de arquitetos no mundo todo. Mas houve um tempo em que a escolha de um estilo arquitetônico significava também a escolha de um projeto para o país, como a disputa que começou nos anos 1930 com a construção da sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio e teve seu auge com a inauguração de Brasília, em 1960. O filme é inspirado no livro “Moderno e Brasileiro” do escritor Lauro Cavalcanti.
“Inicialmente, Quando O Brasil Era Moderno iria tratar da arquitetura ao longo do século XX, e de como o estilo moderno se tornou predominante no país. Ironicamente, as filmagens começaram durante as eleições de 2018. Percebi que, mais do que abordar uma estética, o importante era discutir um projeto de nação abandonado. E que as disputas ocorridas na década de 30, pelo controle do Ministério da Educação, estavam se repetindo, quase um século depois, em bases mais radicais e com protagonistas mais toscos. Este é um filme sobre um projeto que jamais atingiu seu objetivo: livrar o país de seu passado escravocrata, e torná- lo mais justo, belo e moderno”, diz o diretor Fabiano Maciel.
As sessões gratuitas no Rio de Janeiro, acontecem na Estação NET Botafogo, às 20h30, no dia 5 de abril e na Estação NET Rio, no dia 6, às 21 horas.
Em São Paulo contará com exibições no CineSesc, dia 7, às 20h30 e na Cinemateca Brasileira, dia 8, às 17 horas.
Fabiano Maciel
Fabiano Maciel nasceu em Porto Alegre em 1965 e vive em São Paulo. É diretor e roteirista dos longas-metragens Sambalanço, A Bossa Que Dança (2017), Galáxias (2013) e Oscar Niemeyer, a Vida é um Sopro (2005). Dirigiu dezenas de documentários e programas para televisão, entre eles a série Transamazônica, Uma Estrada para o Passado (2022) , em parceria com Jorge Bodanzky, e vencedora do prêmio de melhor série documental do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário