Filme
dirigido por Gabriel Mascaro concorre ao Urso de Ouro
Depois
de oito anos longe do Festival de Berlim, Rodrigo Santoro retorna ao evento
alemão. O ator faz parte do elenco da nova distopia de Gabriel Mascaro. “O
Último Azul” concorre ao Urso de Ouro cinco anos depois da última nomeação do
Brasil para a competição principal.
O
ator, que já esteve em competição no Festival de Veneza e foi premiado no
Festival de Cannes, celebra a escolha do longa para a disputa em Berlim.
Prestes a completar 50 anos e com 70 projetos audiovisuais no currículo,
Rodrigo fez uma imersão no Amazonas para rodar “O Último Azul”, filme que
aborda o etarismo na sociedade.
“A
seleção de ‘O Último Azul’ para a competição principal de Berlim só reforça o
quanto o Brasil é capaz de produzir um cinema forte, profundo e competitivo. É
emocionante ver o cinema independente chegando tão longe, feito com garra e
talento - muitas vezes, com muito pouco. Sigo acreditando nesse cinema,
desde ‘Bicho de Sete Cabeças’.”
Sinopse do filme: Tereza tem 77 anos,
reside em uma cidade industrializada na Amazônia e recebe um chamado oficial do
governo para residir numa colônia habitacional compulsória onde idosos devem
"desfrutar" de seus últimos anos, permitindo que a juventude produza
sem se preocupar com os mais velhos. Antes do exílio forçado, Tereza embarca
numa jornada pelos rios e afluentes para realizar um último desejo que pode
mudar seu rumo para sempre.
Sobre Rodrigo Santoro:
Nascido
em 1975, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, Rodrigo Santoro é ator e dublador.
Com mais de 30 anos de carreira, esteve em cerca de setenta projetos
audiovisuais, sendo mais da metade produções internacionais. Sua atuação em
longas como “Bicho de Sete Cabeças” (2000), de Laís Bodanzky, “Abril
Despedaçado” (2001), de Walter Salles, e “Carandiru” (2003), de Hector Babenco,
lhe rendeu diversas premiações em festivais pelo mundo e abriu espaço para
estrelar projetos fora do país. Em 2004, foi laureado com o prêmio Trophée
Chopard do Festival Cannes.
Depois
de participar de filmes como “As Panteras, Detonando” (2003) e “Simplesmente
Amor" (2003), passou a dividir sua carreira entre projetos nacionais e
internacionais, como as séries de televisão “Lost” (2006 a 2007), a
superprodução “300” (2006) e “300: A Ascensão do Império” (2014), “Westworld”
(2016 a 2020 na HBO), “O Tradutor” (2018), entre dezenas de outros. Em
2008, Rodrigo chegou a competir com dois filmes diferentes ao mesmo tempo pela
Palma de Ouro no Festival de Cannes: “Che, O Argentino” e “Leonera”.
Seus
trabalhos recentes no audiovisual nacional foram a série sucesso de público
“Bom Dia, Verônica” (2024 na Netflix), os longas “7 Prisoneiros” (2021), de
Alexandre Moratto, que teve sua estreia mundial no Festival de Veneza; “Turma
da Mônica - Laços” (2019), de Daniel Rezende e a animação “Arca de Noé” (2025),
maior projeto de animação do Brasil e inspirado na canção de Vinicius de Moraes
e Tom Jobim.
Depois de 8 anos, Rodrigo volta ao Festival de Berlim como parte do elenco de “O Último Azul", de Gabriel Mascaro, selecionado para a Mostra Competitiva do evento. Entre os próximos projetos estão os longas “Corrida dos Bichos”, de Fernando Meirelles e Ernesto Solis, e “O Filho de Mil Homens”, de Daniel Rezende.
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