Estreia nesta quinta-feira o longa “Maria Callas” escrito por Steven Knight e dirigido por Pablo Larraín, que já dirigiu filmes como “O Conde”, “Jackie” entre outros.
O longa é estrelado por Angelina Jolie no papel-título, ao
lado de Haluk Bilginer e Valeria Golino, é um drama biográfico que explora uma
das maiores cantoras de ópera do século XX, retratando seus últimos dias em
Paris.
O filme “Maria Callas” revisita os últimos dias da lendária
artista, destacando o momento em que ela reflete sobre sua trajetória e
identidade na Paris dos anos 1970.
Depois de se dedicar ao público e à sua arte, Maria decide
encontrar consigo mesma e encontrar sua própria voz e identidade. Esse é um
retrato e uma investigação psicológica de uma mulher que teve o mundo ao seus
pés e foi marcada pelos holofotes da fama.
O diretor Pablo Larraín finaliza sua trilogia sobre ícones
femininos com “Maria Callas”. Anteriormente ele dirigiu “Spencer” (2012), sobre
a princesa Diana e “Jackie” (2016), sobre a primeira-dama norte-americana
Jacqueline Kennedy.
Com esses filmes, Pablo Larraín quis contar a história da
mulher real, de cada uma delas, por trás da fama. E foi exatamente o que fez.
Em “Maria Callas” ele imagina como foram os últimos dias da
artista, trazendo à lembrança dela, seus momentos mais icônicos, tanto da vida
pública, quanto da vida privada.
Assim, ele consegue levar a plateia para junto da cantora, passando
toda a sorte de sentimentos que ela viveu e vive naquele momento.
A atriz Angelina Jolie está muito parecida com Maria Callas,
nos seus trejeitos faciais e corporais. O figurino extremamente elegante e
singular também ajuda e muito na composição da personagem.
Logo no início do longa, ela é mostrada em close, cantando
uma conhecida ópera. Achei de uma coragem imensa, já que a interpretação facial
necessariamente tem que ser precisa, e foi.
O que me incomodou na interpretação de Angelina Jolie, foi
que eu a vi, o tempo todo na tela, ficou difícil, para mim, chegar até Maria
Callas, através dela.
Além disso, tudo o mais é encantador no longa. A direção de
arte, a direção de fotografia, trilha sonora, figurino, interpretações.
O filme conta uma história triste, mas, fiel à realidade de
vida dessa artista conhecida no mundo todo. Glória e solidão, são as palavras
que me vem à mente quando penso nela.
“Maria Callas” é um ótimo filme, feito para uma plateia específica, principalmente para quem conhece e admira o trabalho da artista, mas, também para quem deseja conhecer esse ícone, que precisou enfrentar um mundo extremamente machista e conservador, para encantar o mundo com sua voz única, considerada a melhor soprano de todos os tempos.
Recomendo.
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