Com narração de Matheus
Nachtergaele, documentário é baseado nos últimos dois cadernos de anotações
deixados inéditos pelo crítico literário
Antonio Candido – crédito: Arquivo Pessoal
Além da
essencial obra publicada, Antonio Candido (1918-2017) deixou 74 cadernos
inéditos. Baseado nos dois últimos, o documentário "Antonio Candido,
anotações finais", de Eduardo Escorel, inclui comentários
escritos entre 2015 e 2017. O sociólogo e crítico literário fala de temas como
sua fragilidade física, a crise política da época, gostos literários e
musicais, e lembranças de Gilda, sua mulher. Fotografias e gravações
complementam o texto, dando acesso às reflexões de Antonio Candido frente à
iminência do fim.
O
documentário "Antonio Candido, anotações finais" já pode ser alugado
nas plataformas de streaming Claro TV (antiga NET NOW) e Vivo Play, via Canal
Brasil. O filme também entra na programação do canal em fevereiro.
Recentemente, o filme foi eleito melhor documentário de 2024 pela Associação
Paulista de Críticos de Artes (APCA).
Os
textos que deram origem ao filme foram "Prós e contras" e "O
pranto dos livros". "O filme que estreia agora resulta do impacto da
leitura desses dois textos tão instigantes", define o diretor Eduardo
Escorel. "No primeiro, Candido revê a luta contra a
ditadura do Estado Novo, da qual participou de 1942 a 1945, tendo se associado
à opinião liberal contra o que parecia manifestação de fascismo. No outro, ele
imagina estar fechado em um caixão à espera de ser cremado, enquanto seus livros
choram lágrimas invisíveis", resume o diretor.
O
narrador do filme é o ator paulista Matheus Nachtergaele. "Foi um
desafio bonito botar a voz em um projeto tão pessoal do Eduardo Escorel como
esse de narrar os últimos diários de vida de um mestre revolucionário, mas
sereno que é Antonio Candido", relembra. "Era preciso uma melancolia,
mas não uma tristeza. Era preciso uma paixão educada, como é o retratado",
complementa. Ele conclui dizendo: "É um filme com a melancolia do fim de
uma vida, mas com o otimismo de quem acredita no Brasil, ainda".
"Antonio
Candido, anotações finais" teve sua estreia no 29º Festival
Internacional É Tudo Verdade e foi exibido na mostra Filmes para Adiar o Fim do
Mundo do 25º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA). A
produção é da Superfilmes - Cinefilmes,
com coprodução do SescTV e produção associada da Afinal Filmes. O patrocínio é
do Itaú, com apoio no desenvolvimento da Lei Aldir Blanc / ProAC. A
distribuição nas plataformas é do Canal Brasil em parceria com a Bretz Filmes.
"Antonio Candido, anotações finais"
Documentário | 87 min | 2024 | 12 anos
Plataformas de streaming: Claro
TV (antiga NET NOW) e Vivo
Play (via Canal Brasil)
Valor: R$ 14,90
Trailer: youtube.com/watch?v=2EImzTnuMtg
Instagram: @bretzfilmes
Logline
Além da obra publicada, Antonio
Candido deixou 74 cadernos inéditos. O documentário se baseia nos dois últimos,
escritos entre 2015 e 2017.
Sinopse
Além da essencial obra publicada,
quando morreu aos 98 anos, Antonio Candido deixou 74 cadernos inéditos. Baseado
nos dois últimos, Antonio Candido, anotações finais inclui comentários
escritos entre 2015 e 2017. Temas recorrentes, entre vários outros, são os
sinais de fragilidade física, notícias de jornal ou acompanhadas pela televisão
– como a crise política da época –, preferências literárias, musicais e cinematográficas,
evocações dos antepassados, menções à infância no sudoeste de Minas Gerais e
lembranças de Gilda, sua mulher. O vasto acervo de fotografias do casal, além
de imagens de arquivo e gravações originais, complementam o texto, dando acesso
às reflexões de Antonio Candido frente à iminência do fim.
Sobre Antonio Candido
A obra
de Antonio Candido (1918-2017), um dos intelectuais mais
destacados do Brasil, é equiparável à de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque
de Holanda, Caio Prado Jr. e Celso Furtado.
Crítico literário, historiador e teórico da
literatura, Antonio Candido foi também professor e orientador de
várias gerações de alunos nas cadeiras de Ciências Sociais e de Teoria
Literária e Literatura Comparada, na Faculdade de Filosofia Letras
e Ciências Humanas da USP.
Socialista desde jovem, manteve-se fiel a essa orientação política, tendo sido
fundador do PT – Partido dos Trabalhadores, em 1980. É autor de
cerca de duas dezenas de livros entre os quais Formação da
literatura brasileira, momentos decisivos 1750 – 1880 e Os
Parceiros do Rio Bonito, ambos publicados em 1959. Em 2004, foi publicado O
Albatroz e o Chinês, seu último livro.
Sobre Eduardo Escorel
Eduardo Escorel dirigiu, entre
outros, “Antonio Candido, anotações finais” (2024), “1968 – Um ano na
vida” (2023), “SARS-CoV-2 / O Tempo da Pandemia” (2021, codireção de Lauro Escorel), “1937 – 45 Imagens do Estado
Novo” (2015) e “Paulo Moura – Alma brasileira” (2013). Realizou seu
primeiro documentário – “Bethânia Bem de Perto” – como fotógrafo,
co-diretor e montador, em 1966, seguido de “Visão de Juazeiro”, em 1970.
Dirigiu “Lição de amor”, seu primeiro longa-metragem de ficção, em 1975,
seguido de “Ato de violência”, em 1979 e “O Cavalinho azul”, em
1984. Montou, entre outros, “Terra em Transe” (1967), “Macunaíma” (1969),
“Cabra marcado para morrer” (1984), “Santiago” (com Letícia
Serpa, 2006) e “No intenso agora” (com Laís Lifschitz, 2016). Publicou Adivinhadores
de água, editado pela Cosac Naify, em 2005. Escreve coluna no site da
revista piauí desde 2009.
Sobre o Instituto Moreira Salles
Fundado em 1992 pelo embaixador e
banqueiro Walther Moreira Salles (1912-2001), o Instituto Moreira Salles está
presente em três cidades brasileiras: São Paulo, Poços de Caldas e Rio de
Janeiro (a sede carioca está temporariamente fechada para reforma). Seu acervo
está distribuído em quatro áreas principais: fotografia, música, iconografia e
literatura. O IMS organiza e recebe em seus centros culturais exposições de
fotografia e de artes visuais de artistas brasileiros e estrangeiros, promove
mostras de cinema e espetáculos musicais, publica
catálogos de exposições, livros de fotografia, literatura e música e duas
revistas: a ZUM, sobre fotografia contemporânea, e a serrote, de ensaios sobre
arte, política e literatura.
Sobre a Superfilmes
Desde 1983, a produtora paulista
Superfilmes viabiliza projetos próprios e de realizadores independentes,
tornando-se uma das principais produtoras no Brasil.
O propósito da Superfilmes é
apoiar os diretores e diretoras, acatando suas personalidades artísticas, seus
temas prediletos e estilos próprios.
Colaboramos, ao longo dos anos,
com uma rica variedade de talentos: André Klotzel, Aurélio Michiles, Chico
Teixeira, Lina Chamie, Ricardo Dias, José Roberto Torero, Evaldo Mocarzel,
Flavio Frederico, Jeferson De, Eduardo Nunes, Helena Tassara, Julia Zakia, e
mais recentemente Lauro Escorel com o longa “Fotografação”, Carolina Markowicz
com o longa “Carvão” e Eduardo Escorel com o longa “Antonio Candido, anotações
finais”.
Sobre Bretz Filmes
Com mais de 30 anos de presença
no mercado cinematográfico, a Bretz Filmes já distribuiu filmes de renomados
diretores como Walter Salles, Karim Aïnouz, Eduardo Coutinho, Helena Solberg,
Sandra Kogut, Sérgio Machado, Flávia Castro, Izabel Jaguaribe, Marina Person,
Nelson Pereira dos Santos, Ricardo Calil, Renato Terra e Heitor Dhalia e seus
filmes participaram ou foram premiados nos principais festivais brasileiros e
internacionais como os de Gramado, Rio de Janeiro, São Paulo, Cannes, Berlim,
Veneza, IDFA e HotDocs. Seu diretor, Luiz Bretz, também dirigiu por 10 anos a
área de distribuição da VideoFilmes. Atualmente a Bretz Filmes é uma das
principais distribuidoras de documentários e filmes de autor nos cinemas do
Brasil. Recentemente distribuiu longas como os indicados ao Oscar
"Honeyland" e "For Sama", além dos belos documentários
nacionais “Sinfonia de um Homem Comum" e "Nelson Pereira dos Santos -
Vida de Cinema".
Ficha Técnica
Direção e roteiro: Eduardo Escorel
Narrador: Matheus Nachtergaele
Montagem: Laís Lifschitz e Eduardo Escorel
Direção de Fotografia e Fotos: Carlos Ebert e Guilherme Maranhão
Edição de Som e Mixagem: João Jabace e Luis Rodrigues
Produtores: Zita Carvalhosa, Patrick Leblanc e Eduardo Escorel
Produção: Superfilmes - Cinefilmes
Coprodução: SescTV
Produção associada: Afinal Filmes
Patrocínio: Itaú
Apoio no desenvolvimento: Lei Aldir Blanc / ProAC
Duração: 87 min.
Ano de produção: 2024
Distribuição: Bretz Filmes
Classificação indicativa: 12 anos
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