Um manifesto cinematográfico que desafia a complacência e convoca todos a se levantarem!
Com a crueza do realismo crítico e sob uma aura de ficção, "Brazyl - Ópera Tragicrônica", quarto longa-metragem, do cineasta José Walter Lima, mais que um filme, é uma jogralesca política. Uma ação de resistência ao fascismo empreendido pelo governo obscurantista de Jair Bolsonaro.
A vanguarda está de volta às telonas. O que vocês verão, conforme o próprio diretor e roteirista, é: "um filme-manifesto; um impactante tapa na cara da República dos Canalhas".
"Brazyl - Uma Ópera Tragicrônica" conta com recursos da Lei Paulo Gustavo.
Muito mais que uma crônica da história moderna e contemporânea do país – “BRAZYL, ÓPERA TRAGICRÔNICA” é uma ópera viva, estilhaçada; um manifesto. Sim, tão antropofágico quanto o oswaldiano, sob a égide épica do resgate da epopeia fílmica de Glauber Rocha, revisitada e ampliada.
O novo filme de José Walter Lima, envolve cinema, teatro e verdade histórica escancarada entre o corte e a sutura. Escaldante. Tórrido. Hilário. Sarcástico. Fulminante. Tal qual uma cacetada na moleira, o desmantelo, na cara? Eis a ópera brasiliana da decadência fulgurante.
O certo é que ninguém escapará ileso dessa sessão de cinema em mescla com a linguagem teatral a nos circunscrever sem o distanciamento brechtiano.
SINOPSE:
BRAZYL, UMA ÓPERA TRAGICRÔNICA mescla a linguagem teatral com a cinematográfica numa jogralesca política refletida de uma parte da realidade social e política do país. Refaz e pontua episódios importantes desde da década de 1930 até os dias atuais, num caminho que passa pela interrupção da democracia em 1964 e o processo de redemocratização. “Brazyl” é uma narrativa ficcional inspirada em fatos reais, através de um manifesto épico delirante sobre o Brasil contemporâneo, o zeitgeist de uma época e suas raízes históricas. É uma leitura fragmentada da antropofagia de Oswald de Andrade. Um texto composto de um discurso amoroso sobre uma nação espoliada pela classe dominante e pelo capital internacional.
FICHA TÉCNICA
Produção: VPC CINEMAVÍDEO
Roteiro e Direção: José Walter Lima
Co-roteirista: Júlio Góes
Elenco: Clara Paixão, Clovys Torres, Lucas Valadares, Rosana Judkowitch, Vanessa
Carvalho e Wagner Vaz
A história do "Brazyl, Ópera Tragicrônica", narrada em imagens que nos atravessam a pele e eclodem as consciências, como diríamos de um certeiro soco no estômago da nossa desapercebida ingenuidade de uma cidadania a transitar no fio da navalha.
Sim, a um só tempo, o corte, a ruptura e a sutura - enquanto conjunto de manobras realizadas para unir tecidos com a finalidade de restituir a anatomia funcional das mil e uma faces desses tantos brasis.
Isso a significar o quanto o sucesso do impacto dessa recomposição e desvelamento dos fatos e seus conflitos, envolve não apenas o aspecto estético visual, mas a funcionalidade da verdade escancarada da história, revolvida na superfície áspera da cicatriz exposta.
Sim, qual delírio recortado do imaginário e gravado nesse tecido social, finalmente, suturado pelo cineasta e dramaturgo baiano José Walter Lima em sua mais recente investida cinematográfica.
Com previsão de estreia e lançamento nacional no início de novembro deste 2024, "Brazyl ópera tragicrônica", já finalizado, está muito melhor do que se há de imaginar: Escaldante. Tórrido. Hilário. Sarcástico. Fulminante. Tal qual uma cacetada na moleira, o desmantelo, na cara? Eis a ópera brasiliana da decadência fulgurante.
O que se verá nas telas é um filme que reinventa a cena cinematográfica do Brazyl, significado em si, sobre a própria grafia ou nomenclatura. Com Z e Y. Experimental. De autor. Sob o hálito da "Boca do lixo". Para além do conceito "marginal". Onde se busque estilo, José Walter Lima nos contempla com a denúncia, grave, de uma realidade em estilhaços.
Em tom radiofônico: o que trazemos até vocês, senhoras e senhores, é isto: "Brazyl - Ópera Tragicrônica". Desde já, recomendamos: apertem os cintos. O que vocês verão, conforme o próprio diretor e roteirista, é: "um filme-manifesto; "uma jogralesca política sobre os causadores da nossa miséria; um impactante tapa na cara da República dos Canalhas".
Carregado de "fragmentos nucleares sobre o império da corrupção e da bala perdida". Sim, "um discurso delirante sobre o Brasil contemporâneo". Em meio ao luxo descabido, o lixo sem limites de uma sociedade degradada.
De acordo com José Walter Lima, o longa-metragem é uma "mescla da linguagem ficcional, teatral e cinematográfica. Reflete parte da nossa realidade social e política, refazendo e pontuando episódios importantes desde a década de 30 do século XX até os dias atuais, num caminho que compreende a interrupção da democracia sob a ditadura militar (1964 - 1985) até o processo de redemocratização do país".
O diretor, em sua ampla atuação como cineasta e produtor cultural, conceitua “Brazyl” como "uma narrativa ficcional inspirada em fatos reais, através de um manifesto épico delirante sobre o Brasil contemporâneo, o zeitgeist - o espírito de uma época e suas raízes históricas encharcadas de Coca-Cola e hipocrisias".
Conforme Lima, em seu roteiro e adaptação do texto teatral "Brazyl: Poema Anarco-tropicalista", montado no Teatro Oficina, em São Paulo, o filme, como a peça, "promove uma leitura fragmentada da antropofagia de Oswald de Andrade". Um texto composto por um "discurso amoroso", enfatizaria, por certo, o semiólogo francês Roland Bartes, "sobre uma nação espoliada pela classe dominante e pelo capital internacional", como define o cineasta.
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