Crítica Filme "Todo Tempo Que Temos" por Rita Vaz.

Estreia nesta quinta-feira o filme “Todo Tempo Que Temos” dirigido pelo cineasta John Crowley, que também dirigiu “O Pintassilgo” e episódios das séries “Black Mirror” e “Modern Love”.

Na trama conhecemos Tobias (Andrew Garfield), um homem recém-divorciado, e Almut (Florence Pugh), uma talentosa chef de cozinha, que tem suas vidas entrelaçadas por um episódio inusitado.

Almut atropela Tobias, e é assim que uma emocionante história de amor se inicia, onde eles logo percebem estar apaixonados e decidem formar uma família.

Tudo ia bem, até que Almut recebe um diagnóstico de câncer. Mesmo com pensamentos divergentes em relação à doença, eles conseguem chegar em um acordo, e iniciam uma luta pela vida dela.

O diretor John Crowley conta a história de forma não linear, o que dá um movimento interessante para a história, porque em alguns momentos o espectador sabe pelo que os personagens estão passando, e em outros não.

Essa forma não cronológica de contar a trama, faz com que fiquemos atentos a tudo o que acontece na telona.

Além de uma história de forte impacto emocional, o diretor conta com dois artistas que tem uma química natural em cena. E isso vale para todos os momentos da história, tanto para os românticos, quanto para os tristes e os comuns.

A atriz Florence Pugh consegue dar leveza e intensidade para a sua personagem, mostrando a transição esses sentimentos. O ator Andrew Garfield está pura emoção em cena, entregando um personagem bastante atual, um homem que não esconde seus sentimentos e batalha pelo que quer.

“Todo o Tempo Que Temos” é um filme muito bonito, pois, o seu mote é uma história de amor, é o encontro de duas pessoas diferentes, que em nome do amor, mudam de posicionamento e de decisão, quando necessário, para manter exatamente o amor entre elas, em primeiro lugar.

Os personagens nessa história são realmente diferentes entre si. É ele quem está saindo de um relacionamento traumático e tem medo de se engajar em um novo. E é ela quem está disposta a experimentar novas experiências, não imaginado que possa se apaixonar.

Quando a luta contra o câncer se inicia, um novo vínculo se estabelece entre eles, com muita conversa, com muito questionamento, mas, sempre chegando em um ponto no qual os dois se sentem confortáveis.

Esse tipo de filme mostra muito bem aos casais, como o diálogo e o respeito são fundamentais para que uma relação perdure.

O maior ensinamento dessa história, além do citado acima, é justamente fazer com que as pessoas percebam que o tempo que elas realmente têm, é o tempo presente. Valorizar o “agora”, prestar atenção no que se está fazendo “nesse exato momento” é um ensinamento para a vida.

“Todo o Tempo Que Temos” é um filme que deve ser assistido por todos, tanto pela performance dos atores principais, pela excelente direção, quanto pela mensagem esmagadora de que se deve priorizar o agora.

Lembre de levar a caixinha de lenços. Ela será fundamental. Recomendo. 

Nenhum comentário:

Estrela de "A Hora da Estrela", Marcélia Catarxo Revisita Universo Lírico de Clarice Lispector em LISPECTORANTE

Inspirado no universo literário da escritora Clarice Lispector, LISPECTORANTE chega aos cinemas em 8 de maio, narrando a história de uma art...

Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba