O documentário “ALMA NEGRA, DO QUILOMBO AO BAILE”, com direção do Flavio Frederico tem sua estreia mundial na Competição Longas Documentários no Fest Rio 2024
DIA 10/10 – Estação Net Gávea – 17h
DIA 11/10 – Cine Odeon – 10h30
ALMA NEGRA, DO QUILOMBO AO BAILE faz um amplo mergulho no universo “black” brasileiro através da música Soul, desde seu surgimento no final dos anos sessenta até́ o início dos anos 80 com a chegada da disco. Tim Maia, Cassiano, Hyldon, Carlos Dafé́, Toni Tornado, Sandra de Sá e diversos outros personagens centrais desse movimento aparecem no filme, que retrata além da música; a moda, os costumes, o modo de vida e, principalmente, o surgimento do movimento de afirmação da cultura negra brasileira nos anos setenta e a luta política contra o racismo. Através do olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 70 e de hoje, como Beatriz Nascimento, Lélia González e Edneia Gonçalves, o filme busca nos quilombos e nos bailes de soul, retratar a alma negra brasileira.
A ideia central é entrar no sentido profundo tanto da palavra Soul, como do que representou a transmigração de negros africanos para as Américas do Sul e do Norte em termos musicais e sentimentais.
A “alma” do homem negro que vem para os Estados Unidos e desenvolve a Soul music como uma das expressões de seu sentimento através de uma fusão do gospel, com jazz e R&B e a utilização dos instrumentos da cultura americana (violão, sopros e piano). Esse gênero vem para o Brasil exatamente ao final dos anos 60 e início dos 70, no auge do movimento dos civil rights americanos e de libertação das ex-colônias da África e encontra como pano de fundo o surgimento de um “novo movimento negro” brasileiro com o surgimento de intelectuais como
Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Abdias do Nascimento entre outros.
A trilha Sonora e os ideais de valorização negra se juntam fazendo explodir os bailes blacks no Rio de Janeiro e São Paulo e uma geração de artistas que iriam revolucionar a música brasileira como Tim Maia, Cassiano, Toni Tornado, Gérson King Combo entre outros.
Assim, tanto pelo roteiro, como pela montagem, o filme busca esse fio condutor, da alma do escravizado negro africano e seu sofrimento e resiliência. Ainda tecendo uma terceira linha narrativa, além do musical e da histórico-político-social, o filme resgata fatos marcantes do período pós escravidão que mostram como o estado brasileiro foi negligente com o negro, jogando-o literalmente para a pobreza e a marginalidade. Não por acaso é exatamente quando surgem as primeiras favelas no Brasil.
ALMA NEGRA, DO QUILOMBO AO BAILE
é um filme homenagem a cultura afrobrasileira e também um manifesto antirracista, ressaltando toda a importância dos descendentes africanos na construção de nosso país, resgatando e valorizando a enorme contribuição da população negra na sociedade brasileira, seja economicamente, socialmente, culturalmente e filosoficamente. Como diz Edneia Gonçalves (socióloga e educadora) no filme: "O que faz a gente gostar de ser brasileiro? A maior parte do nosso orgulho do nosso jeito veio dos africanos e indígenas que foram escravizados”.
SINOPSE:
O filme é um amplo mergulho no universo afrobrasileiro através da música Soul, retratando desde o surgimento do gênero, a chegada no Brasil no final dos anos 60 e o sucesso musical na indústria fonográfica, até o ápice com os famosos bailes blacks no Rio de Janeiro e São Paulo. O filme retrata além da música, o movimento de valorização da cultura negra e a luta política contra o racismo na época. Através do olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 70 e de hoje, como Beatriz Nascimento, Lélia González e Edneia Gonçalves, o filme busca nos quilombos e nos bailes de soul, retratar a alma negra brasileira.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Flavio Frederico
Produção / Argumento: BiD e Flavio Frederico
Roteiro: Mariana Pamplona e Flavio Frederico
Direção Musical / Trilha Sonora: BiD
Direção de Fotografia: Jacob Solitrenick, Carlos André Zalasik, Jacques Cheuiche e Janice D’Avila
Montagem: Flavio Frederico
Produção Executiva: Flavio Frederico, Jorge Guedes e Marina Couto
Pesquisa: Remier Rocha e Flavio Frederico
Arte / Animação / Design Gráfico: Rafael Terpins
DIRETOR / PRODUTOR / CO-ROTEIRISTA / MONTADOR
Flavio Frederico realizou diversos curta metragens e documentários premiados internacionalmente. Lançou sete longas metragens no circuito comercial: “Urbania”, com pré estréia no festival de Rotterdam 2001; “Caparaó”, o grande vencedor do festival É Tudo Verdade 2006, o longa metragem premiado de ficção “Boca”, lançado em 2012; “Em busca de Iara” lançado no circuito comercial brasileiro, em 2014; o longa documentário “Em um Mundo Interior”, lançado comercialmente em 2018. Sua primeira série de ficção para TV "Natureza Morta" (CinebrasilTV), estreou em abril de 2018, assim como a primeira documental: "Em um mundo interior, a série" (Canal Futura) em dezembro de 2018. Em 2019 lançou seu sexto longa metragem, o documentário/animação “Rumo”, codirigido por Mariana Pamplona, na competição do Festival É Tudo Verdade e selecionado para a competição do INEDIT Brasil 2019 e lançado comercialmente em 2021. E, em 2021, lançou a série documental “Balanço Black” (Canal Curta!). Em 2022 lançou o longa de ficção “Assalto na Paulista” e, atualmente, finaliza o longa metragem documentário "Soul Brasil".
CO-PRODUTOR / DIREÇÃO MUSICAL & TRILHA ORIGINAL
Mais lembrado pela produção musical de Afrociberdelia (disco de platina de Chico Science & Nação Zumbi), BiD gravou e produziu vários discos e remixes brasileiros e internacionais.
Em 2023 o produtor criou seu próprio selo com lançamentos somente em vinil, o Dahorta Discos, onde vai lançar todos os seus projetos e alguns discos que produziu e que ainda não saíram em vinil. Um de seus mais recentes trabalhos como diretor musical foi a série “Milton e o Clube da Esquina”, exibida no Canal Brasil. A série foi recorde de audiência do canal e trouxe Seu Jorge, Gal Costa, Criolo, Ney Matogrosso, Iza e Lô Borges cantando em duetos com Bituca. Outra série realizada e exibida no Canal Curta foi “Balanço Black”, que conta a história do movimento “Soul” no Brasil. Flavio Frederico fez a direção e BiD a direção musical.
No momento BiD prepara o novo disco de inéditas do “Príncipe da Soul” Carlos Dafé e tambem está produzindo um longa-metragem que contará a história do movimento Soul no Brasil.
PRODUTORA KINOSCÓPIO
Atuante desde 1998, a Kinoscópio Cinematográfica e Comércio Ltda. EPP, produtora de Flavio Frederico e Mariana Pamplona, tem em seu currículo a produção e a coprodução de curtas, longas, documentários e series de TV premiados internacionalmente. Lançou os seguintes longa metragens no circuito comercial: “
Urbania”, com pré estreia no festival de Rotterdam 2001; “
Caparaó
”, o grande vencedor do Festival É Tudo Verdade 2006; o premiado longa-metragem de ficção “
Boca
” (lançado em 2012); o longa documental “Em busca de Iara”, também premiado no festival É Tudo Verdade (lançado em 2014) e o documentário "
Em Um Mundo Interior", lançado em 2017 no festival É Tudo Verdade. A primeira série de ficção para TV "
Natureza Morta" (CinebrasilTV), estreou em abril de 2018, assim como a primeira documental: "Em um mundo interior, a série
" (Canal Futura) em dezembro de 2018. Em 2019 lançou o sexto longa metragem, o documentário / animação “Rumo”, na competição do Festival É Tudo Verdade. A terceira série de TV, “
Balanço Black
” (Canal Curta!) foi lançada em novembro de 2021 com excelentes críticas. Em 2022 lançou nos cinemas o sétimo longa-metragem, “Assalto na Paulista” que ficou 8 dias como TOP 2 na plataforma GLOBOPLAY. Atualmente, finaliza o longa metragem documentário "Soul Brasil" e o de ficção “Amor Livre Amor” e a segunda temporada da série "Natureza Morta" e o longa spin-off "Natureza Morta – o filme".
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