Estreia nessa quinta-feira o filme “Um Golpe de Sorte em Paris” com direção do cineasta Woody Allen, que já dirigiu outras dezenas de filmes como “A Rosa Púrpura do Cairo” e “Manhatan”.
Nessa nova história conhecemos o casal Fanny (Lou de Laâge)
e Jean (Melvil Poupaud), que parecem ter uma vida perfeita.
Os dois são profissionalmente bem sucedidos, moram em um apartamento de alto padrão, no centro de Paris, que seria o sonho de qualquer pessoa, e parecem completamente apaixonados, como se tivessem acabado de se conhecer.
Mas, por um golpe do destino, Fanny esbarra acidentalmente
em Alain (Niels Schneider), um antigo colega de escola, que agora é escritor, e
que não se intimida em falar que sempre teve uma paixão por ela.
Aos poucos ele começa a aparecer na vida de Fanny, sem que
ela se incomode, com telefonemas e almoços, o que a deixa encantada, fazendo
com que a aproximação dos dois se torne mais íntima, com o passar do tempo.
Isso faz com que Fanny preste atenção em sua vida, e fique
em dúvida se é isso o que ela realmente quer, colocando em xeque, sua vida
perfeita.
Na outra ponta do casal está Jean, que de burro não tem nada,
inclusive ele tem um amor bastante possessivo em relação à Fanny. Ele percebe
todas as mudanças sutis que aparecem na esposa, como demorar na hora do almoço
de trabalho, atender ligações telefônicas com um certo segredo, e até mesmo se
empenhar em exercícios físicos.
Todo esse cenário serve como pano de fundo para uma história
que vai além do que está sendo mostrado. É a partir desse acontecimento que
Jean mostra o seu verdadeiro íntimo, as suas reais crenças, e como age para que
tudo aconteça conforme ele deseja.
O diretor Woody Allen mais uma vez nos presenteia com uma
obra peculiar, envolvente, daquelas que você presta atenção do começo ao fim.
E essa atenção é voltada tanto para o macro, quanto para o
micro. Tudo o que está na telona tem um motivo muito bom de estar lá. Então,
você presta atenção no detalhe, por exemplo, de um objeto de decoração, que diz
muito sobre o personagem envolvido com ele.
E em se falando de Woody Allen, você sabe que vai assistir
um filme com diálogos do começo ao fim, e isso é muito bom, porque você
exercita a escuta, de uma maneira que poucos filmes nos proporcionam.
O elenco está afinadíssimo para o filme, como normalmente
acontece nos longas do diretor. Ele capricha nas suas escolhas, trazendo
artistas potentes, que dão verdade aos seus personagens.
A direção de arte do longa é primorosa, um colírio de se
ver. E a trilha sonora, está maravilhosa, com seus jazz de excelente qualidade.
“Um Golpe de Sorte em Paris” é um dos melhores filmes do
diretor ultimamente, um suspense, travestido de comédia romântica, que tenho
toda certeza, vai te surpreender. Recomendo muito.
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